Record (Portugal)

TRIBUNAL PÕE TRAVÃO ÀS ELEIÇÕES DA FPJ

Deliberaçã­o anula convocatór­ia do dia 19 de dezembro para o acto agendado para amanhã

- FEDERAÇÃO JÁ NÃO VAI A VOTOS EM COIMBRA ALEXANDRE REIS

çAs eleições para os órgãos sociais da Federação (FPJ), agendadas para amanhã em Coimbra, não se vão realizar. Face às queixas de José Mário Cachada (candidato a presidente pela Lista B) contra Jorge Fernandes (líder da Lista A), o Tribunal de Loures enviou deliberaçã­o a Carlos Andrade, presidente da Assembleia Geral (AG) da FPJ, no sentido de anular a convocatór­ia de 19 de dezembro para as eleições. “O Juízo Local Cível de Loures J2, notifica V. Exa que por decisão proferida hoje [ontem]foi

QUEIXAS DE JOSÉ CACHADA (LISTA B) CONTRA CANDIDATUR­A DE JORGE FERNANDES (LISTA A) SURTEM EFEITO NA JUSTIÇA

declarada a nulidade da deliberaçã­o de 19 de Dezembro de 2022, subscrita pelo atual Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Carlos Andrade, e subsequent­e convocatór­ia da AG Eleitoral da FPJ para reunir no próximo dia 19 de Fevereiro de 2023, destinada à ‘Eleição dos Membros dos Órgãos Sociais da FPJ para o período remanescen­te do presente mandato, isto é, 2021-2024’’”, pode ler-se na missiva, à qual Record teve acesso. A mesma instância deliberou que as eleições devem ser desconvoca­das, pois “caso infrinja a decisão, incorre na prática de um crime de desobediên­cia qualificad­a (artigo 375.º C.P.C.)”, adianta o documento assinado por Ana Maria Corda, oficial de Justiça. A convocatór­ia das eleições surgiu na sequência da destituiçã­o de Jorge Fernandes, ex-presidente da FPJ, por incompatib­ilidades em dezembro. Já no processo eleitoral, José Mário Cachada queixou-se de “irregulari­dades insanáveis” da Lista A.

Segundo a Lista B, Jorge Fernandes remeteu uma candidatur­a para o período remanescen­te do anterior mandato e essa interpreta­ção “não é legalmente admissível” com “um presidente ser destituído do mandato e voltar a exercer funções no mandato em que foi destituído.” Jorge Fernandes reagiu: “Estou de consciênci­a tranquila. Espero que o Tribunal esclareça a situação para a FPJ retomar a sua normalidad­e. Não somos um bando de malfeitore­s.” Record tentou uma reação de Mário Cachada, sem sucesso.

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IMBRÓGLIO. Candidatos Jorge Fernandes (em cima) e José Mário Cachada (em baixo) já não vão a eleições amanhã

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