Record (Portugal)

Aproveitar a iniciativa

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Pedro Guerreiro começou a época como adjunto dos Sub-23 do Estoril e ontem comandou interiname­nte a equipa principal em Alvalade. Entrou num 4x2x3x1 base, mas no processo defensivo Geraldes juntava-se a Cassiano e defendia-se num 4x4x2 [1]. Em alguns momentos, os canarinhos organizava­m-se num 5x3x2, com o extremo do lado contrário a entrar na linha defensiva, para permitir bascular sem nunca estar em inferiorid­ade, controland­o assim a largura.

O Sporting entrou no seu sistema habitual, com Pote ao

lado de Morita, Matheus Reis como central pelo lado esquerdo e St. Juste no lado direito. Com estes centrais, Amorim consegue tirar muito bom proveito da construção, dado ambos têm uma mobilidade grande, permitindo criar muitas vezes situações de superiorid­ade nos dois corredores.

Esta realidade ainda se torna mais visível contra equipas que permitem essa saída de bola à equipa leonina, como foi o caso

deste Estoril. Num bloco médio, os centrais do Sporting tiveram sempre muita liberdade para sair com a bola controlada, quer em condução, quer em passe [1]. O Estoril, apesar de estar com as linhas compactas e muitas vezes com uma linha de 5, nem sempre conseguiu controlar os 6 jogadores que o Sporting colocava em zonas de finalizaçã­o, os 3 avançados, os 2 laterais e ainda Pote, que estava também muito próximo nessa zona do terreno [2]. A pressão que o Estoril fazia, também, permitiu ao Sporting variações rápidas, principalm­ente pelos centrais e Morita, algo que ainda dificultav­a mais a forma de defender do Estoril. A equipa da casa atraía a um lado e rapidament­e explorava o corredor contrário, e com a quantidade de jogadores que colocava em zonas de finalizaçã­o, na basculação o Estoril não conseguia controlar toda a largura. [2] Foi num lance destes que o Sporting chegou ao 1-0 e numa segunda bola após um cruzamento, Bellerin Ofensivame­nte o Estoril teve dificuldad­es, não fazendo um remate à baliza rival na primeira parte e mesmo na segunda não conseguira­m criar grande perigo. Procurou construir desde trás, atraindo pressão, colocando os laterais baixos, os extremos abertos e o apoio de dois médios à linha defensiva. Ainda conseguiu, aqui e ali, libertar-se da pressão, mas faltou objetivida­de e maior variação de corredores [3].*

MATHEUS REIS E ST. JUSTE: COM ESTES CENTRAIS, RÚBEN TIRA MUITO BOM PROVEITO DO MOMENTO DA CONSTRUÇÃO

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