Os erros de Mourinho
çPor muito ‘Especial’ que seja, Mourinho também comete erros. É humano. E, desta vez, os que cometeu tiveram como resultado o seu despedimento.
O seu primeiro erro foi ter-se enamorado
da Roma, dos seus adeptos, da cidade. Esta paixão foi mais forte que a razão e impediu-o de tomar a decisão acertada no momento certo: a saída do clube após a final de Budapeste e da perda de mais um título por força de um ‘roubo’ arbitral.
José conhecia as dificuldades
que o clube atravessava, impostas por um estúpido acordo financeiro com a UEFA. Este impedia-o de construir uma equipa com um mínimo de qualidade para ter possibilidades de sucesso. Só para exemplificar, a Roma não teve condições para trazer do Brasil Marcos Leonardo, avançado contratado pelo Benfica. Mas, teimosamente, José acreditou que mesmo assim podia levar a Roma a um lugar desejado, ou seja, ao acesso directo à Liga dos Campeões. E a Liga Europa estava ali...
A realidade tornou esse objetivo mais complicado. Porém, em janeiro podia ser que se encontrassem soluções. Este foi o segundo erro de Mourinho: acreditar que os proprietários do clube não iriam apunhalá-lo pelas costas. Assumiu-o publicamente, mas estava enganado. Os Friedkin, homens do cinema, gostam de ser actores principais e, na Roma, o artista era Mourinho. E, para acabar com esse papel, bastou esperar pelo momento propício para darem a ‘facada’ final, já pensada e preparada, pois 15 minutos após o despedimento já este era anunciado oficialmente, e umas duas horas depois o nome do novo treinador era também divulgado. Para o lixo foi tudo quanto Mou dera à Roma, mas que importa isso para quem o futebol é apenas negócio?