Transmissões televisivas
A solução está à vista e até já tem data marcada. Em 2028/2029 teremos centralização dos direitos televisivos da liga portuguesa. Digo que é “a solução”, não pelas habituais e muito importantes questões da maior justiça na distribuição de verbas, mas por outro tema que considero fundamental para transparência da nossa liga: deixará de haver o fantasma de que as transmissões da BTV não mostram tudo o que deveriam mostrar. A partir daí, a qualidade das transmissões dos jogos da liga continuará a estar sujeita à competência e personalidade das equipas de realização, como atualmente, mas sem a sombra de que um clube possa estar a condicionar as imagens que saem cá para fora. Trago este tema à baila no seguimento de um lance que ocorreu no Benfica-Boavista e do qual resultou o primeiro golo do Benfica. Das muitas câmaras que poderiam estar a acompanhar a disputa entre Morato e Bruno Lourenço (61’), a transmissão só mostrou uma imagem aproximada com uma câmara que, na minha opinião, esclarecendo que foi falta, não nos dava de todo o melhor ângulo. Foi uma pena não haver melhores imagens. Não posso (nem quero) pôr em causa o profissionalismo dos técnicos responsáveis pela realização. Seguramente terão feito o melhor que podiam com as condições que tinham. No entanto, enquanto as transmissões forem de um canal de clube, estamos sempre sujeitos a que se levantem dúvidas. Nota: nada disto influencia o trabalho do VAR, que recebe todas as câmaras de forma independente da transmissão televisiva.