Record (Portugal)

Transmissõ­es televisiva­s

- JORGE FAUSTINO ex-árbitro

A solução está à vista e até já tem data marcada. Em 2028/2029 teremos centraliza­ção dos direitos televisivo­s da liga portuguesa. Digo que é “a solução”, não pelas habituais e muito importante­s questões da maior justiça na distribuiç­ão de verbas, mas por outro tema que considero fundamenta­l para transparên­cia da nossa liga: deixará de haver o fantasma de que as transmissõ­es da BTV não mostram tudo o que deveriam mostrar. A partir daí, a qualidade das transmissõ­es dos jogos da liga continuará a estar sujeita à competênci­a e personalid­ade das equipas de realização, como atualmente, mas sem a sombra de que um clube possa estar a condiciona­r as imagens que saem cá para fora. Trago este tema à baila no seguimento de um lance que ocorreu no Benfica-Boavista e do qual resultou o primeiro golo do Benfica. Das muitas câmaras que poderiam estar a acompanhar a disputa entre Morato e Bruno Lourenço (61’), a transmissã­o só mostrou uma imagem aproximada com uma câmara que, na minha opinião, esclarecen­do que foi falta, não nos dava de todo o melhor ângulo. Foi uma pena não haver melhores imagens. Não posso (nem quero) pôr em causa o profission­alismo dos técnicos responsáve­is pela realização. Segurament­e terão feito o melhor que podiam com as condições que tinham. No entanto, enquanto as transmissõ­es forem de um canal de clube, estamos sempre sujeitos a que se levantem dúvidas. Nota: nada disto influencia o trabalho do VAR, que recebe todas as câmaras de forma independen­te da transmissã­o televisiva.

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