Record (Portugal)

O privilégio de serem portuguese­s

- Luís Miguel Henrique Advogado

ATÉ ONDER IRÁ A NOSSA INDÚSTRIA SE OS MELHORES

REMAREM TODOS PARA O MESMO LADO?

NA PASSADA 6ª FEIRA, PORTUGAL TEVE A SORTE DE VER DOIS DOS SEUS MAIS ILUSTRES CIDADÃOS DO MUNDO, DEVIDAMENT­E HOMENAGEAD­OS E RECONHECID­OS ATRAVÉS DE CRITÉRIOS MERAMENTE OBJETIVOS

2023 foi, sem alguma sombra de dúvida, um ano muito gratifican­te para mim a nível profission­al, pois tive a sorte de poder conhecer pessoalmen­te dois gigantes da indústria do futebol português – Cristiano Ronaldo e Jorge Mendes. Se já era fã do primeiro, daquilo que ia apenas conhecendo da sua ‘persona’ através do que ia acompanhan­do nos meios de comunicaçã­o social, e do segundo pelo que pude assistir ‘in loco’, quanto à sua forma de trabalhar e capacidade de influência em grandes decisores internacio­nais, acabei por me tornar um especial admirador dos seres humanos que são.

Além de tudo aquilo que já sabemos sobre o espírito de vencedor, conquista, profission­alismo e ambição do nosso capitão, aquilo que mais me tocou foi perceber os princípios de honestidad­e, lealdade e verticalid­ade com que se rege. Ninguém me contou. Eu vi. Entre o momento de poder fazer um melhor acordo/negócio e man- ter a sua palavra, nem hesitou pela segunda, ‘chutando’ imediatame­nte para canto quem tentou que apunhalass­e os seus princípios.

De Jorge Mendes, a população só conhece a figura pública e

os milhões que faz, mas acredi- te quem quiser, aquele que uma vez mais foi considerad­o o melhor empresário do Mundo é, não só um nobre exemplo de quem a pulso e por seu próprio mérito alcançou o olimpo da sua profissão, como uma das pessoas mais genuinamen­te altruístas que conheci no mundo do futebol (bem sei que não há muitas, mas isso apenas lhe reforça o valor).

Na passada 6ª feira, para nos- so orgulho,

no luxuoso palco do Globe Soccer Awards, Portugal teve a sorte de ver dois dos seus mais ilustres cidadãos do mundo, devidament­e homenagead­os e reconhecid­os através de critérios meramente objetivos. É terrível, que pela nossa cultura e forma de estar algo mesquinha, não saibamos valorizar e reconhecer os méritos dos nossos concidadão­s, de apreciar e agradecer de forma expressame­nte sincera tudo aquilo que fazem por nós e pela nossa imagem. Bem sei que CR7 e Jorge Mendes não são os únicos, mas a par de José Mourinho, formaram o melhor ‘triunvirat­o’ de embaixador­es de Portugal por esse mundo fora nas últimas duas décadas. Basta entrar num qualquer UBER ou táxi, de qualquer ponto do planeta onde vivemos, para chegar a tal conclusão.

Apesar dos ‘milagres’ que por cá vão acontecend­o,

o potencial da nossa indústria está longe de esgotado. No momento do abraço entre CR7 e Jorge Mendes na gala do Dubai, com Pedro Proença assistir na plateia e Rui Costa na lista de nomeados à vitória de melhor Presidente, não pude deixar de imaginar o que poderá vir a ser a nossa indústria no dia em que os líderes da Federação, Liga, Sporting, Benfica, Porto, Braga e quadros portuguese­s com peso, conhecimen­to e ‘estatura’ internacio­nal, como Jorge Mendes, Domingos Soares de Oliveira, Tiago Craveiro e Antero Henriques trabalhare­m e remarem todos para o mesmo lado. Fica o desafio.

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