“Ainda tenho muito para dar”
Frederico Morais já está no Havai a preparar o início do World Tour, onde está de regresso
çAos 32 anos, Frederico Morais está a postos para iniciar a 5ª época na elite mundial, onde se estreou em 2017. Já no Havai, a preparar a etapa inaugural do circuito de 2024, que tem início segunda-feira, na famosa onda de Pipeline, o português garante estar “focado” no objetivo de garantir a permanência no World Tour. Destaca a “experiência” que leva na bagagem para a época, depois de “todos os anos, vários heats, os bons e maus momentos” que o fizeram crescer como competidor. “Toda essa vivência trouxe-me experiência, maturidade e calma. Julgo que a forma como já sei lidar com as diversas situações pode jogar a meu favor”, frisa a Record.
Com “objetivos simples” em mente, o surfista de Cascais estabelece como meta estar no top 22 do ranking após as primeiras cinco etapas, de forma a evitar o malfadado “corte” de meio do ano, que o tirou do Tour em 2022 e cuja justiça questiona. “Não faz sentido, mas é com isso que temos de trabalhar. É nisso que estou focado. Para isso acontecer são precisos bons resultados já nas primeiras etapas”, explica. Ainda assim, Kikas não abdica de “sonhar” em melhorar o top 10 que conseguiu em 2021 ou a final que fez em J-Bay, no ano de rookie. Com a última possibilidade de qualificação para Paris’2024 a acontecer em fevereiro, em Porto Rico, pelo meio da “perna havaiana” e da etapa portuguesa do World Tour, recusa dar prioridade a algum desses objetivos. “Penso que é algo que não me divide o foco. Basta encarar o Mundial ISA como se se tratasse de uma terceira etapa do circuito mundial. A preparação é igual e o foco é o mesmo”, assegura-nos. Apesar de ser já um dos surfistas mais velhos do Tour, Morais ainda não pensa em “pendurar a prancha”, mesmo que revele que, por vezes, já aprofunda “algumas ideias e paixões guardadas fora do surf”. No entanto, o final ainda parece estar distante para o melhor surfista português. “Sinto que ainda tenho muito para dar. Sinto-me bem fisicamente e psicologicamente. Sinto que ainda há muito caminho por percorrer, muito surf por fazer, muitas ondas por procurar e explorar e muitos campeonatos. Ainda tenho mais alguns anos pela frente”, disse.
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