Record (Portugal)

Rui Moreira pode ser o que quiser

NÃO SEI SE A NOVA CADEIRA DE SONHO DE RM É A DIRECÇÃO DA FPF, MAS TENHO A CERTEZA DE QUE SERIA UM CANDIDATO DE SONHO PARA A MODERNIZAÇ­ÃO DO FUTEBOL PORTUGUÊS

- Rui Calafate Consultor de comunicaçã­o LEONOR PINHÃO * Texto escrito com a antiga ortografia RUI MALHEIRO

çNa semana passada, abordei a apresentaç­ão de André Villas-Boas e como ela será mesmo a maior ameaça a quatro décadas de poder do homem que colocou o FC Porto na rota dos títulos, lançando-o na alta roda do futebol europeu e mundial. Mas desta vez, a norte, surge outro nome – nas páginas do

Record – para um cargo que fica vago no final do ano. A Federação Portuguesa de Futebol é hoje uma instituiçã­o credível, profission­al e com liquidez para continuar a fazer crescer o desporto-rei e as suas variáveis. Fruto do reconhecid­o trabalho de Fernando Gomes (metódico, discreto e rigoroso) e de Tiago Craveiro (visionário e moderno), agora a acompanhar e a aconselhar Ceferin na UEFA e a marca Cristiano Ronaldo que é muito maior que grandes empresas portuguesa­s.

A sucessão do actual presidente da FPF

é, portanto, um dos temas mais importante­s do segundo semestre de 2024. Para já, dois nomes em cima da mesa (ainda que com algum pudor de ambos): Pedro Proença e Nuno Lobo. O primeiro, apesar da sua simpatia pessoal e rodeado de várias agências de comunicaçã­o, ainda não convence muitos sectores, decisores e influencia­dores da modalidade. Há esforço para modernizar e melhorar a Liga, contudo, não consegue e a desejada internacio­nalização e captação de novos mercados é um ‘flop’. E na questão da centraliza­ção dos direitos televisivo­s, vai enfrentar fortes resistênci­as dos três grandes pois nenhum quer perder as receitas negociadas no passado e o bolo televisivo do campeonato português não se valorizou, bem pelo contrário. Quanto à de Nuno Lobo, é um rodapé.

Assim, julgo que haverá espaço para outra personalid­ade.

Com ‘gravitas’ e outro estatuto na sociedade portuguesa, com mais afirmação social e traquejo de liderança reconhecid­o. Não sei se será Rui Moreira, nem sei se ele apenas tacteou as reacções do mundo desportivo com a primeira página deste jornal nesta semana ou se lhe apetece ser presidente da FPF. Sei que termina o seu último mandato na câmara do Porto, com magnífico trabalho realizado, em 2025 e que pode ser tudo o que quiser. Por ser independen­te, tem campo aberto de apoio em vários segmentos populacion­ais na politica se optar por esta via; no futebol, se lhe aprouver esse destino, basta congregar equipa competente e seduzir os que elegem a direcção da FPF. Desconheço se é a sua nova cadeira de sonho, porém, tenho a certeza que seria um candidato de sonho para a modernizaç­ão do futebol português.

A SUCESSÃO DE FERNANDO GOMES É UM DOS GRANDES TEMAS DO

2.º SEMESTRE DE 2024

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