Record (Portugal)

“No final vamos estar felizes”

- JOEL RIBEIRO

O Caldas tem a situação mais complicada entre o quarteto da Série B que luta pelas duas vagas em aberto para a fase de subida, mas o grupo só pensa no apuramento. Henrique Henriques, que saltou do banco para bisar no triunfo (2-1) em casa do Pêro Pinheiro personific­a essa crença. “Acreditamo­s muito que vamos chegar à fase de subida. Só estamos concentrad­os no que podemos controlar, que é ganhar ao Sp. Covilhã. Se assim for, independen­temente dos outros resultados, estaremos tranquilos pois fizemos tudo o que estava ao nosso alcance”, diz o avançado de 24 anos a Record. Além de ter de vencer o seu jogo, o Caldas necessita que o Sporting B e o Alverca percam pontos, mas tal não desanima Henrique: “Estou convicto que no final vamos estar felizes.” Os 2 golos na jornada passada foram marcantes para o avançado, que esta época tem sido perseguido pelas lesões. “Foi um momento especial, depois do que passei, conseguir fazer 2 golos e ajudar a equipa foi muito bom”, nota.

O avançado é natural de Sintra, já alinhou no Sintrense e confessa que teve motivação extra frente ao Pêro Pinheiro. “Foi o primeiro jogo em que tinha toda a família na bancada. Quando os vi entrar, senti que era um dia diferente”, conta, vendo no pai um... amuleto. “Só tinha estado em Alcochete com o Sporting B, em que fiz golo, agora esteve neste. Não sei se deu sorte, mas a partir de agora vai ter que ir a todos os jogos”, graceja.

Henrique Henriques acredita que a exibição e os golos contra o Pêro Pinheiro são “um ponto de viragem” numa época atribulada por motivos físicos. “Foi difícil. É o primeiro ano que estou a viver longe da minha família e da minha namorada. Abdiquei de tudo para vir viver para as Caldas e cheguei a colocar tudo em causa”, assume, mostrando confiança no futuro: “Quero ser mais consistent­e e mais influente na equipa. Posso ajudar mais e quero fazê-lo na fase de subida.” Ainda jovem, o esquerdino garante estar totalmente focado no Caldas, mas sonha com outros voos e bem altos. “Gostava de chegar à Seleção Nacional e de jogar a Liga dos Campeões, o que sei que é difícil, e gostava de jogar na 1ª Liga, que considero que é mais possível”, admite. E até dá um exemplo muito próximo e recente: “A ida do Miguel Rebelo para o Moreirense faz-nos acreditar que é possível.”

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Henrique quer ajudar a equipa
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