“Esta é a final mais difícil que poderíamos ter...”
Treinador diz que “nada seria diferente” se o rival fosse o Benfica e recusa assumir favoritismo
Eis um Artur Jorge como se ainda fosse o icónico central do Sp. Braga, jogando claramente à defesa na antevisão do jogo desta noite, em Leiria.
“Esta é a final mais difícil que poderíamos ter, porque temos que controlar as expectativas. Ao nível de ambição, que não pode ser diferente consoante o adversário e está toda cá, mas também da dificuldade”, começou por registar o treinador, falando do Estoril com grande respeito. “Vamos ter um adversário forte e difícil, onde não podemos cair na tentação do favoritismo. São duas equipas com as mesmas
“NÃO ACHO QUE AS FINAIS POSSAM TER FAVORITOS, MAS EM TERMOS MEDIÁTICOS HÁ ESSA TENTAÇÃO”, REGISTA
possibilidades. Será uma final equilibrada, onde tudo faremos para sermos melhores e vencer”, detalhou, recusando assumir o natural favoritismo. “Nada seria diferente se tivéssemos o Benfica na final”, vincou, deixando argumentos: “Não acho que as finais possam ter favoritos, mas em termos mediáticos há essa tentação de encontrar a equipa mais forte.”
“Como treinador, importa-me fazer uma abordagem de que vão estar em campo duas equipas preocupadas em vencer o jogo, que estão na decisão por mérito próprio. Temos só um resultado que nos fará sair felizes do jogo”, disse ainda, analisando com mais pormenor a valia do adversário. “Há um Estoril que conhecemos bem do campeonato, a forma como se tem comportado. É uma equipa boa com boas individualidades, fizeram um bom jogo em Braga na Liga, em que o vencemos porque fizemos um ótimo jogo”, lembrou, convicto de que a sua equipa tem de “encontrar a sua melhor versão” para “poder trazer o troféu para Braga”.
“Temos de ter a capacidade de sermos superiores, perante um adversário que defende bem e com muita gente atrás da linha da bola”, clarificou Artur Jorge, concordando, em jeito de conclusão, que a final da Taça da Liga perdida para o Moreirense, em 2016/17, serve de aviso à nau bracarense. “Sabemos desse jogo, somos conhecedores da história do Braga. E esse jogo não está distante”, assinalou.
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