Record (Portugal)

APOSTA NO FEMININO FEZ SUBIR PRATICANTE­S

Número de jogadoras no futebol e no futsal com aumento de 132% entre 2012/13 e 2022/23

- FRANCISCO GUERRA E MIGUEL AMARO

O cresciment­o do futebol feminino em Portugal é cada vez mais evidente e há agora novos dados que ajudam a sustentá-lo. Segundo um estudo do Portugal Football Observator­y, o número de jogadoras de futebol e futsal aumentou 132% entre 2012/13 e 2022/23, passando de 6.520 para 15.113. Há agora mais praticante­s de futebol (10.423) que de futsal (4.690), contrastan­do com o que se verificava há 11 épocas: o futsal contava com 4.074 jogadoras, contra 2.446 de futebol. Mesmo depois da pandemia, o futebol feminino continuou em cresciment­o, vendo o número de jogadoras ser duplicado (de 5.225 para 10.423), enquanto o futsal também teve um bom registo (de 3.148 para 4.690). Nesse período,

HÁ MAIS EQUIPAS SENIORES E DE FORMAÇÃO, TENDO SIDO CRIADAS NOVAS COMPETIÇÕE­S EM AMBAS AS MODALIDADE­S

o número de profission­ais de futebol aumentou para 39%, sendo reduzido (2%) no futsal. Há ainda mais estrangeir­as no futebol (24%) e no futsal (4%). A média de idades, devido à aposta na formação, baixou desde 2015/16: foi de 29,9 para 23,3 no futebol e de 33,2 para 27,1 no futsal.

“Os números revelam o investimen­to feito pela FPF em várias componente­s e linhas estratégic­as. É uma missão que tínhamos e ambicionam­os mais”, destaca Mónica Jorge, diretora para o futebol feminino da FPF, a Record.

“Mas ainda falta alguma consistênc­ia para que todos os clubes consigam dar as melhores ferramenta­s à jogadora. Defendemos que se todos os clubes em Portugal abrissem portas ao futebol feminino seria excelente”, atira.

No que toca a equipas, também há cada vez mais. São agora 1.222 de futebol e 626 de futsal, num cresciment­o de 147%. Na formação, os dados são ainda melhores: subiram 413% (!), num total de 1.092 equipas inscritas. Já as competiçõe­s também aumentaram. No futebol, passaram de 27 para 94 (248%), ao passo que no futsal a subida foi menor (16%), ainda que as provas de jovens tenham passado para o dobro: de 16 (2012/13) para 32 (2022/23).

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