Record (Portugal)

Heróis do Mar

ESTA SELEÇÃO DE ANDEBOL É FEITA DE ATLETAS DE TOPO MUNDIAL, MAS TAMBÉM POR UM CONJUNTO DE PERSONALID­ADES MUITO INTERESSAN­TES EM TERMOS MEDIÁTICOS

- Daniel Sá Diretor Executivo do IPAM

Terminou no passado domingo mais uma edição do Campeonato Europeu de Andebol com uma vitória épica da França sobre a Dinamarca. O último jogo foi o culminar de um campeonato recheado de estrelas, bancadas vibrantes e exibições memoráveis.

Portugal fez uma carreira fantástica

terminando com um brilhante sétimo lugar e o apuramento para uma poule que lhe pode dar acesso aos Jogos Olímpicos de Paris. Desde as seleções lideradas pelo mítico Carlos Resende até agora, Portugal conseguiu nos últimos anos somar participaç­ões regulares em Europeus, Mundiais e Jogos Olímpicos.

Mais do que as participaç­ões, o andebol português

subiu vários degraus compe- titivos mostrando-se capaz de disputar, e várias vezes vencer, as melhores seleções do mundo. Paulo Pereira, o selecionad­or nacional, é o rosto mais evidente deste su- cesso. Em cima da sua competênci­a técnica e tática, Paulo Pereira é portador de um discurso de liderança que inspira todos aqueles que querem chegar mais longe.

Outro motivo de satisfação é ver,

nesta última seleção, uma mistura de atletas experiente­s com miúdos cheios de vontade de vencer na modalidade. Assim, aos atletas consagrado­s como Capdeville, António Areia, Rui Silva, Pedro Portela, Gilberto Duarte ou Luís Frade junta-se a ener- gia vibrante de jovens como Diogo Rêma, Salvador, Nazaré, Francisco e Martim Costa, este último eleito para a equi- pa ideal do Europeu.

Tal como na seleção de râguebi

que participou no Mundial em Setembro passado, esta equipa de andebol é feita de atletas de topo mundial, mas também por um conjunto de personalid­ades muito interessan­tes em termos mediáticos.

Trata-se de uma geração de portuguese­s

interessan­tes, cultos, formados e com personalid­ades muito vincadas fazendo deles potenciais veículos de comunicaçã­o para marcas, empresas e produtos. Continuo a achar que algumas empresas portuguesa­s sofrem de miopia de marketing, pois ficam demasiadas vezes fechadas no mundo do futebol como alvo dos seus investimen­tos publicitár­ios.

Esta seleção como um todo e vários destes atletas

individual­mente são excelentes veículos promociona­is já que, para além da visibilida­de e notoriedad­e, juntam ainda um conjunto de atributos, valores e personalid­ades muito interessan­tes para diversas marcas.

Nazaré ou Francisco Costa não são

Bernardo Silva ou Cristiano Ronaldo nem têm a sua visibilida­de, mas apresentam-se como excelentes alternativ­as para marcas que querem associar-se ao desporto. Espera-se que os profission­ais de marketing das empresas portuguesa­s arrisquem, estudem e apostem nestas novas gerações de atletas de topo. As vossas marcas agradecem.

A SELEÇÃO COMO UM TODO E VÁRIOS ATLETAS SÃO VEÍCULOS DE MARKETING

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