Heróis do Mar
ESTA SELEÇÃO DE ANDEBOL É FEITA DE ATLETAS DE TOPO MUNDIAL, MAS TAMBÉM POR UM CONJUNTO DE PERSONALIDADES MUITO INTERESSANTES EM TERMOS MEDIÁTICOS
Terminou no passado domingo mais uma edição do Campeonato Europeu de Andebol com uma vitória épica da França sobre a Dinamarca. O último jogo foi o culminar de um campeonato recheado de estrelas, bancadas vibrantes e exibições memoráveis.
Portugal fez uma carreira fantástica
terminando com um brilhante sétimo lugar e o apuramento para uma poule que lhe pode dar acesso aos Jogos Olímpicos de Paris. Desde as seleções lideradas pelo mítico Carlos Resende até agora, Portugal conseguiu nos últimos anos somar participações regulares em Europeus, Mundiais e Jogos Olímpicos.
Mais do que as participações, o andebol português
subiu vários degraus compe- titivos mostrando-se capaz de disputar, e várias vezes vencer, as melhores seleções do mundo. Paulo Pereira, o selecionador nacional, é o rosto mais evidente deste su- cesso. Em cima da sua competência técnica e tática, Paulo Pereira é portador de um discurso de liderança que inspira todos aqueles que querem chegar mais longe.
Outro motivo de satisfação é ver,
nesta última seleção, uma mistura de atletas experientes com miúdos cheios de vontade de vencer na modalidade. Assim, aos atletas consagrados como Capdeville, António Areia, Rui Silva, Pedro Portela, Gilberto Duarte ou Luís Frade junta-se a ener- gia vibrante de jovens como Diogo Rêma, Salvador, Nazaré, Francisco e Martim Costa, este último eleito para a equi- pa ideal do Europeu.
Tal como na seleção de râguebi
que participou no Mundial em Setembro passado, esta equipa de andebol é feita de atletas de topo mundial, mas também por um conjunto de personalidades muito interessantes em termos mediáticos.
Trata-se de uma geração de portugueses
interessantes, cultos, formados e com personalidades muito vincadas fazendo deles potenciais veículos de comunicação para marcas, empresas e produtos. Continuo a achar que algumas empresas portuguesas sofrem de miopia de marketing, pois ficam demasiadas vezes fechadas no mundo do futebol como alvo dos seus investimentos publicitários.
Esta seleção como um todo e vários destes atletas
individualmente são excelentes veículos promocionais já que, para além da visibilidade e notoriedade, juntam ainda um conjunto de atributos, valores e personalidades muito interessantes para diversas marcas.
Nazaré ou Francisco Costa não são
Bernardo Silva ou Cristiano Ronaldo nem têm a sua visibilidade, mas apresentam-se como excelentes alternativas para marcas que querem associar-se ao desporto. Espera-se que os profissionais de marketing das empresas portuguesas arrisquem, estudem e apostem nestas novas gerações de atletas de topo. As vossas marcas agradecem.
A SELEÇÃO COMO UM TODO E VÁRIOS ATLETAS SÃO VEÍCULOS DE MARKETING