CALDEIRA RECUSA PAPEL DE INCITADOR
Negou estar de conluio com os Super Dragões e o OLA do FC Porto para intimidar os sócios na AG
Adelino Caldeira não foi alvo de detenção ou buscas, mas o seu nome surge no inquérito do Ministério Público (MP) por alegadamente ter sido o incitador do clima de intimidação que se viveu na Assembleia Geral (AG) de 13 de novembro último. Um papel que o próprio recusou a meio da tarde, num comunicado por si assinado e publicado no site oficial do FC Porto.
“É falso que tenha instruído seja quem for a fazer fosse o que fosse na dita AG. Porque nunca tive com as pessoas detidas quaisquer conversas acerca dessa AG - seja antes ou depois, de forma direta ou indireta - ou sequer de outros assuntos relacionados com a vida institucional do FC Porto, só por maldosa especulação e efabulação se terá envolvido o meu nome nos reprováveis acontecimentos”, esclareceu o administrador da SAD do FC Porto, já depois de ter repudiado “veementemente qualquer associação que se pretenda fazer” entre sua pessoa e os factos ocorridos na referida AG. Caldeira ainda lamentou que “a Justiça dê crédito e palco a quem, sem qualquer suporte, tenha no processo levantado suspeições absolutamente infundadas” contra a sua pessoa e “sem contraditório algum”. E rematou: “A seu tempo por certo tomarei conhecimento de quem enlameou o meu nome nesta vergonhosa fabricação e agirei de forma a que o falso testemunho prestado seja exemplarmente punido.”
Ora, para o MP, conforme se pode ler no inquérito, “existem indícios suficientes que levam a crer que todos os acontecimentos” na AG de 13 de novembro “foram gizados e delineados por diversas pessoas através de redes sociais, mensagens escritas e grupos privados de WhatsApp”. E ainda vem referido que Adelino Caldeira através de Fernando Saúl, Oficial de Ligação aos Adeptos (OLA) do FC Porto, de Fernando Madureira e Sandra Madureira, líder e vice-presidente dos Super Dragões, “definiram o que deveria ser colocado em prática para que lograssem a aprovação da alteração dos estatutos” a votação.
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MP DIZ QUE ACONTECIMENTOS NA REUNIÃO MAGNA FORAM TAMBÉM “GIZADOS” PELO ADMINISTRADOR