NUNES FOGE AO VERMELHO
1 O árbitro não expulsa o João Nunes com vermelho direto porque há um companheiro que lhe está a dar cobertura,
pelo que não considera que estamos perante uma oportunidade manifesta de golo. No entanto, deveria tê-lo admoestado porque é um ataque prometedor dentro da área, deveria ter-lhe mostrado o cartão amarelo [seria o segundo, pelo que veria cartão vermelho por acumulação].
2 Muito bem o assistente. Parece que agora com o VAR, os árbitros assistentes não têm de tomar decisões, mas aqui esteve muito bem.
Não é penálti, o árbitro assinala-o e pelo auricular o assistente diz-lhe que não existe penálti. Posto isto, porque é que é assinalado canto em vez de bola ao solo? A resposta é simples. Porque o árbitro apita para assinalar penálti já depois de a bola sair de campo. Se apitasse antes de a bola sair, aí sim seria bola ao solo. Por isso, como não é penálti, é canto. A chave para se perceber esta questão é o momento em que o árbitro apita.
3 Este lance demonstra-nos o quão difícil é arbitrar no campo, não a partir da televisão. Numa primeira instância parece penálti. Quando o Evanilson
vem para o meio, parece que o Elves Baldé o rasteira. Mas o VAR esteve muito bem, porque não existe qualquer contacto. Ainda assim, neste lance teria de haver livre indireto contra o FC Porto e, consequentemente, cartão amarelo para o Evanilson por simulação. Se houvesse contacto não haveria admoestação, mas não foi isso que aconteceu.
4 É uma mão clara do Fábio Cardoso. Não há discussão, é um lance de regulamento,
que diz que as mãos acima do ombro são sempre falta. Se olharmos com atenção, o Fábio Cardoso vai ao chão e leva a mão acima do ombro. Se a bola batesse na mão esquerda, a que está junto ao chão, não seria infração. Neste caso, é penálti claro.
5 É a típica jogada em que os jogadores podem explicar melhor que os árbitros.
Quando um jogador receciona mal a bola, perde-a e quer recuperá-la rápido, em 90 por cento dos casos é falta. É o que acontece nesta situação. O Alan Varela tenta recuperar a posse e rasteira o Mattheus Oliveira. É um dos penáltis mais claros que vi este ano.