Cartão branco
O International Board (IFAB), entidade que ‘gere’ as Leis de Jogo, aprovou em novembro a realização de testes, ao nível de competições oficiais, de expulsões temporárias para jogadores que protestem com a equipa de arbitragem ou tenham outros comportamentos de desrespeito pelo jogo. No início deste processo falou-se (nada oficial) que o cartão para indicar tal castigo poderia ser branco ou laranja. Como alguns saberão, o cartão branco tem, em Portugal mas não só, um significado de reconhecimento de atos de fair play e desportivismo. É uma iniciativa do PNED (Plano Nacional de Ética no Desporto) e do IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude), que a maioria das federações dos desportos mais relevantes do contexto nacional já acolheram nos seus regulamentos (com as naturais limitações que as leis de cada desporto possam implicar). Ora, ter um cartão branco integrado nas leis do futebol como um cartão punitivo não faz sentido, pelo simbolismo da cor, mas também pela pouca visibilidade da mesma, e iria ‘matar’ um projeto fantástico que se iniciou em Portugal mas que já se alastra pelo mundo. As boas notícias: consta que depois de uma rápida intervenção do IPDJ e da FPF junto das entidades que podem ter alguma influência nestas decisões do IFAB, o cartão para indicar as expulsões temporárias não será o branco. Provavelmente nem o laranja. Talvez o azul? O importante: o movimento do cartão branco não vai parar de crescer. O fair play tem uma cor e tem um cartão. Viva o cartão branco.
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