Record (Portugal)

“SEI QUE UM DIA VOU CHEGAR À 1.ª LIGA”

Contratado no verão, o técnico, de 45 anos, chegou ao Feirense numa fase em que clube e SAD estavam de costas voltadas. O contexto melhorou e, agora, as sensações são positivas, assim como as perspetiva­s para a sua carreira

- MARQUES DOS SANTOS

çQue balanço faz da época do Feirense até agora?

RS -É um balanço extremamen­te positivo. Começámos a época com algumas dificuldad­es, mas conseguimo­s ultrapassá-las. Tivemos um apoio enorme da SAD, que nos entendeu em todos os momentos e esteve sempre ao nosso lado. A nossa maior luta foi a grande alteração do plantel. Só continuara­m oito jogadores e temos uma das equipas mais inexperien­tes do campeonato. Penso que o processo positivo que eu exijo não é fácil de adquirir, mas os miúdos estão a trabalhar bem e cada vez mais perto do que queremos. Estou certo de que vamos fazer uma 2ª volta mais tranquila e alcançar os objetivos.

O seu início no Feirense foi atribulado devido à divergênci­a entre clube e SAD. Como foi vivida essa situação?

RS – Afetou principalm­ente a pré-época e os primeiros dois jogos em casa. Foram momentos difíceis, mas cabia-me passar ao grupo a tranquilid­ade de que necessitav­a, para perceberem que muitas vezes temos de passar por dificuldad­es para que depois, quando acontecer o clique, possamos pensar nelas e valorizar o

“SAD ESTEVE PRESENTE E NÃO FUGIU DAS SUAS RESPONSABI­LIDADES, O QUE TRANQUILIZ­OU O GRUPO”

que hoje temos. Foi uma fase difícil, mas tranquila porque senti que a administra­ção sempre nos apoiou e nos tentou dar tudo o que precisávam­os para fazer um bom trabalho. Sentimos que estávamos todos juntos, que não era só o plantel, a equipa técnica, ou o staff, era o todo que estava junto em torno de um objetivo. Isso foi conseguido pela SAD, que esteve sempre presente e não fugiu das suas responsabi­lidades, o que tranquiliz­ou o grupo.

+Seria possível um melhor arranque com outra estabilida­de?

RS –Penso que sim, porque ter as condições de que usufruímos atualmente torna o treino melhor. Quando o treino é melhor, o jogo é melhor. Passámos por dois meses muito difíceis. Agradecemo­s muito às pessoas que nos abriram as portas para podermos treinar, mas, em termos de condições, não tínhamos as que temos agora. Quanto melhores condições tivermos, melhor estaremos nos jogos. Foram dois meses difíceis, mas também de aprendizag­em.

+Há pouco mais de um ano, disse a Record que já se sentia preparado para um projeto na 1.ª Liga. Esse sentimento continua intacto?

RS – Claro que sim. Tenho subido a pulso. Tive a possibilid­ade de começar a carreira numa 2ª Liga, mas recusei porque não me sentia preparado para o fazer. Passei por projetos difíceis, mas que me fizeram crescer. Na 2ª Liga, tenho dado provas de que quem trabalha muito e bem, acaba por conseguir os seus objetivos. Não estou preocupado com o futuro, mas sim com o presente e que as pessoas da Feira estejam satisfeita­s com o meu trabalho. Estou certo de que um dia vou lá chegar, mediante os resultados que vou apresentan­do. Confio muito no meu trabalho. No Mafra, foram dois anos extremamen­te positivos e agora estou no clube certo para continuar a subir degraus.

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