ÁGUIAS HUMILHADAS NO DRAGÃO
FC Porto goleia Benfica, vinga derrota da 1.ª volta e mantém o registo perfeito em 2024
Perante um Dragão Arena repleto, alheio à turbulência provocada pela Operação Pretoriano, e sob o olhar atento do presidente Pinto da Costa, o FC Porto fez as delícias dos adeptos aplicou um verdadeiro corretivo ao Benfica, vencendo por 7-1, naquela que foi a maior goleada dos dragões às águias dos últimos 16 anos para o campeonato. Os números expressivos da vitória portista causam ainda mais surpresa por terem sido alcançados depois de uma 1ª parte algo insípida. A equipa de Ricardo Ares começou melhor e cedo se colocou a ganhar, através de Carlo Di Benedetto. Ainda assim, os dragões nunca foram avassaladores, o Benfica acabou por crescer na partida e o equilíbrio tornou-se a nota dominante. A sete minutos do intervalo, Zé Miranda, com um remate forte cruzado, fez o empate que persistiu até ao regresso aos balneário, um resultado que se ajustava perante um espetáculo muito aquém da qualidade dos intervenientes envolvidos, tanto na intensidade como ao nível das oportunidades de golo. Completamente diferente foi a história no 2º tempo. A intensidade subiu e embora os dragões tenham voltado a entrar mais fortes, desta feita não houve lugar a abrandamentos. A classe de Hélder Nunes, na cobrança de um livre, recolocou o FC Porto na frente, vantagem que Gonçalo Alves tratou de ampliar dois minutos depois.
O Benfica acusou os golos e perante a necessidade de ir atrás do resultado, mostrou-se demasiado frágil para suster as transições dos azuis e brancos. Já depois de Hélder Nunes bisar, Nicolía desperdiçou um livre direto que poderia ter dado novo alento aos encarnados, que foram-se demonstrando cada vez mais perdidos no encontra à medida que o relógio avançava.
Aliás, nada exemplifica melhor o desnorte da equipa de Nuno Resende do que o facto dos dois últimos golos portistas terem surgido com as águias em superioridade numérica. Primeiro, numa arrancada do capitão Hélder Nunes, após um ataque prolongado do Benfica, que não parou o jogo apesar de Carlo Di Benedetto estar caído no rinque. Depois, foi Diogo Barata a repetir a proeza, após o cartão azul a Telmo Pinto.
Tudo somado, o FC Porto mantém o registo 100 por cento vitorioso em 2024 e segue na perseguição aos dois da frente, enquanto o Benfica atrasa-se ainda mais na classificação. No final da partida, nenhum dos treinadores prestou declarações aos jornalistas.
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