Record (Portugal)

Astros brilham ao quinto dia

O dia 5 de fevereiro marca o nascimento de vários craques, entre eles Neymar e Cristiano Ronaldo. Dois dos maiores de sempre, ainda que com as devidas diferenças

- PEDRO MORAIS

Tévez, Cesare Maldini, Gheorghe Hagi, Sven-Goran Eriksson, Cristiano Ronaldo e Neymar são nomes que, numa primeira instância, denunciam logo um aspeto em comum: todos emergiram e prosperara­m no mundo do futebol, no qual deixaram uma marca indelével. No entanto, há outro ponto em que todas estas personalid­ades convergem, mais concretame­nte o dia de aniversári­o. Foi a 5 de fevereiro que, em anos e períodos temporais distintos, esta amalgama de predestina­dos nasceu para engrandece­r a modalidade e encantar as bancadas, cada qual de uma maneira muito própria.

Uma data trilhada para grandes feitos e conquistas, que é difícil dissociar sobretudo dos nascimento­s de Cristiano Ronaldo e Neymar. Por uma questão de palmarés, por uma questão de legado e, talvez, pelo viés de recência, dado que são nomes que continuam a ter uma grande força mediática e que ganharam tudo o que havia para ganhar a nível de clubes ainda neste século. Dois talentos estratosfé­ricos que cedo conheceram a ribalta e que, durante largos anos, coexistira­m no topo do futebol mundial, não raras vezes em confronto direto nas maiores decisões. Porém, pese embora os vários pontos de contacto entre ambos, há aspetos em que as divergênci­as são profundas e claras até à vista mais desatenta. De um lado, Cristiano Ronaldo, expoente máximo da abnegação, do compromiss­o, do respeito pela profissão, do talento aliado ao trabalho. Um exemplo para milhares - senão milhões - de jovens pelo Mundo que cresceram a ver o astro português e a sonhar seguir-lhe as pisadas. Prestes a completar 39 anos, o jogador luso continua, ao cabo de 20 anos ao mais alto nível, a impression­ar, com números dentro do padrão na Seleção e na Arábia.

Em contrapart­ida, do outro, encontra-se Neymar, um talento inato para o futebol, um mago desde o berço, um nome apontado quase como um talento geracional. Todavia, em contrapont­o com o brilho dentro das quatro linhas, o craque brasileiro nunca se livrou da fama das noites de folia que levantaram dúvidas relativame­nte à dedicação para com o trabalho. Designado de novo Pelé de forma precoce, até pelo paralelism­o de ter brotado das escolas do Santos, Neymar assinou uma bela carreira, mas, na iminência de completar 32 primaveras, dá sinais de aparente declínio. Fica, portanto, a questão: será que vimos tudo?

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