Papa-recordes em duas dimensões
Cristiano Ronaldo e Neymar conquistaram títulos vários e bateram muitas marcas em nome próprio. Destaque maior para CR7 pelos dois títulos na Seleção e por pulverizar feitos antigos
Falar de Cristiano Ronaldo e de Neymar é falar de dois dos maiores monstros da história do futebol mundial. Dois nomes que marcaram de uma maneira muito própria a modalidade para todo o sempre e duas figuras que influenciaram projetos de jogadores um pouco por todo o planeta, ao vencerem títulos para todos os gostos e baterem marcas de longa data.
No total, são 64 os troféus erguidos por ambos, entre clubes, seleções A e seleções jovens, aos quais se juntam uns impressionantes 1.309 golos e umas retumbantes 471 assistências. Números arrebatadores que deixam transparecer o impacto do português e do brasileiro desde a primeira aparição ao mais alto nível, um pela porta do Sporting e outro pela mão do Santos. Destaque maior, naturalmente, para CR7, responsável ‘somente’ por uns esclarecedores 873 tentos em nome próprio. Um dado que o torna no melhor marcador de sempre a nível profissional, naquele que é apenas um dos muitos feitos de uma carreira recheada de sucessos quer a nível de clubes, quer a nível de seleções. Cinco Bolas de Ouro, quatro Botas de Ouro, seis prémios de jogador do ano nos Globe Soccer Awards, cinco Ligas dos Campeões, quatro Campeonatos do Mundo de Clubes, duas Supertaças Europeias, três Ligas Inglesas, duas Ligas Italianas, duas Ligas Espanholas, um Campeonato da Europa, uma Liga das Nações são apenas algumas das conquistas de CR7, que é também o melhor marcador de sempre em seleções e ainda o máximo artilheiro de todos os tempos na Liga dos Campeões., a mais importante prova de clubes a nível mundial.
A grande diferença para os feitos de Neymar estará, aliás, precisamente neste ponto, já que, pese embora os números impressionantes, o astro brasileiro acaba por ficar um pouco atrás no que ao palmarés diz respeito e também nas conquistas a nível internacional. Mesmo sendo o melhor marcador de sempre da seleção brasileira, o craque do escrete não conseguiu firmar de forma tão profunda a impressão digital na modalidade, faltando-lhe, por exemplo, um título maior pelo seu país e, noutra ótica, quatro Ligas dos Campeões para igualar as cinco de Ronaldo.
A dimensão internacional é uma das que mais diferencia os dois craques; mas há mais, como o compromisso com o trabalho, a dimensão das próprias marcas comerciais ou a longevidade das respetivas carreiras.
Se, por um lado, o ex-Sporting está há mais de 20 anos a produzir a um nível estratosférico, apresentando números de eleição por todos os países em que passa, com a Arábia Saudita incluída, o ex-Santos, em contrapartida, deu sinais mais precoces de quebra, com lesões várias a marcarem os últimos anos da carreira do brasileiro.
Pese embora seja sete anos mais novo, Neymar parece ter entrado numa fase de declínio, algo de que o português aparenta manter-se alheado. Mesmo à porta dos 39 anos, Cristiano Ronaldo continua a apresentar uma frescura e uma fiabilidade físicas capazes de fazer corar de inveja os mais novos.
Com efeito, levantam-se várias questões: será o madeirense capaz de bater mais recordes e conquistar mais títulos? Poderá Neymar dar indícios de retoma e voltar ao patamar de rendimento que apresentou no Barcelona? Conseguirão os dois levar as respetivas seleções à conquista do troféu que ainda falta, o Campeonato do Mundo?
JUNTOS COMBINAM 64 TROFÉUS, 1.309 GOLOS E 471 ASSISTÊNCIAS. O PORTUGUÊS SOZINHO LEVA 873 TENTOS E SOMA 34 TÍTULOS