“Faltou foi exigir que a Justiça atue”
Declaração do presidente sobre a detenção do líder da claque portista não convenceu o advogado
Pinto da Costa mostrou-se solidário com Fernando Madureira, líder dos Super Dragões que se encontra detido na sequência da Operação Pretoriano, num caso judicial relacionado com a Assembleia Geral de dia 13 de novembro de 2023 e que acabou com sócios do clube agredidos. Uma manifestação que provocou um terramoto de reações nas redes sociais, com várias críticas à postura do presidente. “Não fiquei surpreendido pela solidariedade manifestada, até porque Pinto da Costa sempre fez questão de andar de braço dado com a claque”, começou por dizer a Record Tiago Silva, advogado
“NÃO DEIXA CAIR NINGUÉM POR ‘DÁ CÁ AQUELA PALHA’”, DIZ JOSÉ FERNANDO RIO, QUE FOI RIVAL ELEITORAL EM 2020
e conhecido adepto portista, que, por outro lado, já não entende tão bem o porquê de o líder do clube não ter mostrado em público que espera que o caso ajude a esclarecer o que se passou na AG: “Confesso-me mais espantado com o facto de o presidente do FC Porto em momento algum ter revelado o seu firme desejo para que a Justiça apurasse os responsáveis pela moscambilha que perpetraram aos sócios do FC Porto naquele dia, onde alguns assistiram de cadeirinha a tudo o que se passava. Faltou exigir que a Justiça atue.” Também José Fernando Rio, candidato nas eleições de 2020, viu com naturalidade a tomada de posição do presidente do FC Porto. “Pinto da Costa e Fernando Madureira têm uma ligação antiga, são muitos anos, conhecem-se bem, pelo que não me surpreende nada a reação do presidente. Pinto da Costa não deixa cair ninguém por ‘dá cá aquela palha’. Há uma solidariedade que tem a ver com a amizade existente”, considerou o jurista, completando: “Pinto da Costa não é uma pessoa pressionável. É certo que há detidos, as acusações são graves, mas sem haver condenação, é natural que o presidente mantenha essa solidariedade, mesmo olhando a que se encontra num momento eleitoral.”
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