“Face às dificuldades só podemos sair felizes”
Pedro Gonçalves levou Angola aos ‘quartos’ e fica com a sensação de missão cumprida
No rescaldo de uma prestação histórica na CAN o selecionador angolano Pedro Gonçalves falou a Record com “sentimento de missão cumprida”, mas um dose de amargura por não ter ido ainda mais longe. “Foi um processo longo, mas em que conseguimos incutir no grupo um espírito forte que nos permitiu ultrapassar adversidades que não se coadunam com a alta de competição”, começa por referir, explicando que as metas se foram traçando à medida que a prova avançava: “Propusemo-nos a fazer o que
“COM UM ESPÍRITO FORTE, FIZEMOS FACE A ADVERSIDADES QUE NÃO SE COADUNAM COM A ALTA COMPETIÇÃO”
Angola nunca tinha feito. Ganhar dois jogos, vencer na fase a eliminar. Quando chegámos aos ‘quartos’ disse que íamos em busca de imortalidade e trazer a taça. Não conseguimos, mas entre tantas dificuldades, só podemos sair felizes.” O luso considera que a chegada aos quartos de final abre portas a outros patamares para os palancas, mas deixa o alerta. “Para dar o passo em frente, precisamos de robustez a nível de recursos que seja condizente com esses objectivos mais ambiciosos. O nosso rendimento não condiz com a escassez de recursos”, refere, confirmando conversas para renovar a ligação a Angola.
A torcer por José Peseiro
Sobre a final de amanhã, prevê um jogo imprevisível entre uma Nigéria “regular” e uma Costa do Marfim com o fator casa a favor e em crescendo. “José Peseiro encontrou o padrão para pôr a Nigéria a jogar. Deu uma prova de competência perante as críticas infundadas que sofreu e não posso deixar de torcer para que vença a final”, deixa.
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