Record (Portugal)

TERCEIRO EPISÓDIO

Algarvios temem pena por reincidênc­ia mas identifica­ção do autor dos insultos pode ajudar

- ARMANDO ALVES E ANTÓNIO MENDES

O Farense teme que a reincidênc­ia de episódios de teor racista como o que ocorreu com Chiquinho, do Famalicão, no sábado, possa traduzir-se numa pena pesada mas, por outro lado, os algarvios acreditam que a identifica­ção imediata do presumível autor das expressões de teor racista acabe por ilibar o clube. Em 20 de agosto de 2022 André Clóvis, avançado do Ac. Viseu, queixou-se de insultos racistas aquando da sua substituiç­ão frente ao Farense, no Estádio de São Luís. Os algarvios foram, então, punidos com dois jogos à porta fechada e multa de 33.470 euros, mas recorreram e conseguira­m reverter o castigo. Menos de um mês antes, a 30 de julho de 2022, ocorreu outro episódio no São Luís, no particular com o Wolverhamp­ton, envolvendo o sul-coreano Hwang Hee-chan, com os ingleses a ameaçarem apresentar queixa à

UEFA. Em qualquer destes casos ninguém foi identifica­do, ao contrário do que aconteceu no último sábado. Chiquinho apontou insistente­mente para uma pessoa que foi abordada quase de imediato pela PSP e que poderá vir a ser constituíd­a arguida, na sequência do inquérito a instaurar pelo Ministério Público.

Famalicão queria expulsão

Do lado dos famalicens­es a reação ao episódio foi imediata através de comunicado em que exigem uma punição exemplar do adepto já identifica­do. Os minhotos só lamentam o facto de o adepto não ter sido expulso no momento do estádio. De resto, o apoio do grupo a Chiquinho estendeu-se do campo pela viagem de regresso ao Minho.

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CLUBE JÁ FOI PUNIDO COM DOIS JOGOS À PORTA FECHADA, APÓS QUEIXA DE CLÓVIS EM 2022, MAS LOGROU REVERTER CASTIGO

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RACISMO. Chiquinho denunciou caso a Hélder Malheiro

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