TERCEIRO EPISÓDIO
Algarvios temem pena por reincidência mas identificação do autor dos insultos pode ajudar
O Farense teme que a reincidência de episódios de teor racista como o que ocorreu com Chiquinho, do Famalicão, no sábado, possa traduzir-se numa pena pesada mas, por outro lado, os algarvios acreditam que a identificação imediata do presumível autor das expressões de teor racista acabe por ilibar o clube. Em 20 de agosto de 2022 André Clóvis, avançado do Ac. Viseu, queixou-se de insultos racistas aquando da sua substituição frente ao Farense, no Estádio de São Luís. Os algarvios foram, então, punidos com dois jogos à porta fechada e multa de 33.470 euros, mas recorreram e conseguiram reverter o castigo. Menos de um mês antes, a 30 de julho de 2022, ocorreu outro episódio no São Luís, no particular com o Wolverhampton, envolvendo o sul-coreano Hwang Hee-chan, com os ingleses a ameaçarem apresentar queixa à
UEFA. Em qualquer destes casos ninguém foi identificado, ao contrário do que aconteceu no último sábado. Chiquinho apontou insistentemente para uma pessoa que foi abordada quase de imediato pela PSP e que poderá vir a ser constituída arguida, na sequência do inquérito a instaurar pelo Ministério Público.
Famalicão queria expulsão
Do lado dos famalicenses a reação ao episódio foi imediata através de comunicado em que exigem uma punição exemplar do adepto já identificado. Os minhotos só lamentam o facto de o adepto não ter sido expulso no momento do estádio. De resto, o apoio do grupo a Chiquinho estendeu-se do campo pela viagem de regresso ao Minho.
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CLUBE JÁ FOI PUNIDO COM DOIS JOGOS À PORTA FECHADA, APÓS QUEIXA DE CLÓVIS EM 2022, MAS LOGROU REVERTER CASTIGO