ÁGUIA FEZ MELHOR COM MUITO MENOS
Schmidt abdicou de jogar com ponta-de-lança, a equipa rematou pouco, mas revelou-se eficaz
Roger Schmidt voltou a surpreender ao fazer entrar, diante do V. Guimarães, um onze sem nenhum ponta-de-lança e a equipa encarnada registou o mínimo de remates num encontro da Liga, embora tenha mostrado uma eficácia nunca antes vista esta época. No total, o Benfica efetuou 6 remates, o suficiente para fazer dois golos, revelando uma taxa de acerto de 33,3 por cento. O técnico dos encarnados corrigiu ao intervalo e lançou Arthur Cabral, regressando à estratégia habitual, com o brasileiro a fazer o 2-2 final, já depois de Rafa, no 1.ª tempo, ter feito o 1º golo das águias. De qualquer forma, é preciso assinalar que, no Minho, o Benfica fez mais remates (4) no primeiro tempo, sem avançado, do que após o intervalo, onde fez apenas dois.
Esta foi a quarta vez, na presente temporada, que o técnico dos encarnados abdicou de ponta-de-lança no onze. Mesmo assim, os resultados são positivos,
CINCO DOS SEIS GOLOS EM QUATROS JOGOS FORAM OBTIDOS COM UMA REFERÊNCIA ATACANTE EM CAMPO
com duas vitórias (uma delas valendo a conquista da Supertaça), um empate e uma derrota, esta na Champions. Curiosamente, 5 dos 6 golos marcados nestes desafios aconteceram com um ‘9’ em campo.
Com o FC Porto, no jogo da Supertaça, no primeiro tempo, o Benfica apenas fez 3 remates e só depois da entrada de Musa se assistiu a uma avalanche ofensiva das águias, que, no tempo complementar, realizaram 12 remates, dois dos quais levando a melhor direção. No terreno do Inter de Milão, o clube da Luz também jogou sem nenhuma referência ofensiva até ao minuto 68 e não passou dos 6 disparos, à semelhança do que aconteceu no domingo, no Estádio D. Afonso Henriques. Em Chaves, Arthur Cabral rendeu Gonçalo Guedes e, mesmo com menos remates, acabou por ganhar.
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