EMERSE FAÉ PASSA DE ADJUNTO A HERÓI
Assumiu o comando da Costa do Marfim com a CAN a meio e levou o país ao título
Partiu para a CAN como adjunto, passou a selecionador sem nunca antes ter dirigido uma equipa sénior e acabou a levantar o título com a Costa do Marfim. Emerse Faé, de 40 anos, desafiou as probabilidades e deixou uma história para recordar. Tudo começou na goleada sofrida (0-4) frente à Guiné Equatorial na última jornada da fase de grupos. O técnico Jean-Louis Gasset foi demitido, mas os resultados dos outros grupos ditaram que os marfinenses seguiriam
em prova como um dos melhores terceiros. A federação ainda tentou Hervé Renard, selecionador da equipa feminina de França, por ‘empréstimo’, mas teve mesmo de encontrar uma solução interna. Até ao jogo dos ‘oitavos’ com o Senegal, disputado cinco dias depois de cumprir 40 anos, Faé nunca tinha sequer dirigido uma equipa sénior. Antes de ser adjunto na
Costa do Marfim, tinha trabalhado na formação do Nice e do Clermont. Mas não se acanhou, batendo senegaleses, Mali e RD Congo a caminho da final. De adjunto passou a herói de uma nação, ao bater a Nigéria para levar a Costa do Marfim ao 3º título africano, após 1993 e 2015. E foi eleito melhor treinador do torneio, apesar de ter entrado a meio. “Ainda não acredito. Esta prova vai marcar a minha vida, passámos por tanto. Peguei na equipa no meu aniversário, quase fomos eliminados pelo Senegal e tomámos outro rumo graças aos jogadores. Demos um prémio ao nosso povo”, lançou.
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EX-INTERNACIONAL
Faé é um ex-médio nascido em França que passou por Nantes, Nice ou Reading. Pela Costa do Marfim jogou três CAN e o Mundial’2006. E foi campeão do Mundo de sub-17... por França!