O SEGREDO DE SCHMIDT
Treinador só comunica o onze duas horas antes do início da cada encontro
Regressamos a 9 de agosto de 2023, dia da Supertaça que o Benfica conquistou. Faltava pouco mais de duas horas para o Benfica entrar em campo, frente ao FC Porto, quando os jogadores foram surpreendidos no momento em que Roger Schmidt anunciou o onze. O técnico revelou que as águias entrariam sem ponta-de-lança e que seria Rafa o avançado móvel. A equipa, habituada a jogar com uma referência ofensiva, arrancaria a
ARTHUR CABRAL FOI APANHADO DE SURPRESA NO ÚLTIMO DOMINGO: FICOU NO BANCO E ENTROU PARA DAR O EMPATE
nova época num sistema um pouco diferente do habitual. Schmidt é um técnico próximo dos jogadores. Sente que é importante criar uma relação estreita e de ter os jogadores com ele, mas há algo que lhes esconde até pouco antes do jogo, que é quem vai entrar em campo. Ainda que os treinos possam transmitir alguma pista, é difícil haver garantias de quem será titular. Foi o que aconteceu, no domingo, com Arthur Cabral, que marcara nos três jogos anteriores e que tinha em mente que seria a escolha para liderar o ataque, frente ao V. Guimarães. No entanto, começou no banco, entrando para marcar o golo que deu o empate aos encarnados. O momento da comunicação do onze varia de treinador para treinador. Por exemplo, no outro lado da 2ª Circular, Rúben Amorim informa os jogadores na véspera. É no treino que o faz, complementando essa informação e a estratégia a adotar com uma palestra. Quando se deitam, os jogadores do Sporting já sabem quem irá entrar em campo. Alguns viverão isso com maior ansiedade, outros com desilusão. Carlos Brito e Rui Almeida, treinadores consultados pelo nosso jornal, como pode ler em Record Premium, defendem a linha de Schmidt, ao contrário de Pedro Machado, que segue a corrente de Amorim. Filipe Coelho, adjunto de Paulo Bento na seleção do EAU, considera ambas as decisões “são legítimas”.
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