Sporting no bom caminho
FEITA A REESTRUTURAÇÃO DAS VMOC, SE CONQUISTAR A LIGA E O ACESSO DIRETO À FASE DE GRUPOS DA NOVA FÓRMULA DA CHAMPIONS 24/25, COM O MERCADO DE VERÃO AVASSALADOR QUE SE AVIZINHA, É CLARO E EVIDENTE QUE O SPORTING ESTÁ NO BOM CAMINHO
O Sporting Clube de Portugal é, ao dia de hoje, não só o principal candidato ao título de campeão nacional da Liga Betclic 2023/24, como também a equipa que pratica melhor futebol dentro do terreno de jogo e ainda aquela que, do ponto de vista da organização articulada da sua gestão, melhor trabalha fora de terreno entre administração, direção desportiva, scouting e equipa técnica.
Nem sempre foi assim em Alvalade, pois basta recordar o ‘verão quente’ de 2022 com a rábula da transferência de Matheus Nunes para o Wolverhampton,
A SPORTING SAD ‘ARRISCA-SE’ A ENCAIXAR MAIS DE 150 M€ NO PRÓXIMO DEFESO
após as juras públicas em sentido contrário por parte de Rúben Amorim.
Contudo, dessas ondas sísmicas que abalaram os seus alicerces, o Sporting de Frederico Varandas e Hugo Viana conse- guiu oferecer ao seu treinador no mercado seguinte de 2023 as contratações cirúrgicas que este exigiu e com isso criar uma equipa de futebol atractivo, competitivo e de alta eficácia.
Ora, caso se venha a confirmar a conquista da Liga supra enunciada, o Sporting garante o acesso à fase de grupos da Champions League, cujos prémios serão ainda maiores do que os já tradicionais, fruto do novo formato com que a UEFA brindou os grandes clubes europeus para não os deixar à mercê do aceno dos organizadores da tão contestada Super- liga Europeia, e com isso a certeza aritmética de um possível recorde de receitas de várias dezenas de milhões de euros.
Além da paz e garantia de segurança para um melhor e mais rápido planeamento da época desportiva seguinte, tudo aponta para que o mercado do próximo Verão verde e branco, com as potenciais transferências de Gyökeres, Gonçalo Inácio, Marcus Edwards, (entre outras alternativas) seja absolutamente avassalador, pelo que não será impetuoso afirmar que a Sporting SAD ‘arrisca-se’ a encaixar mais de 150 milhões de euros neste defeso, elevando a receita destas duas rubricas do seu balanço para ganhos estratosféricos, muito acima do que aquilo que tem sido a história recente das suas finanças.
Se a isto juntarmos a situação já resolvida e absolutamente confortável do fim da reestruturação bancária (o tal tema das VMOC, que durante anos ensombrou Alvalade) e o alívio não apenas político e societário, como principalmente financeiro, na medida em que, contrariamente a anos anteriores já não haverá que despender recursos com vista à solução desse dossier como em épocas anteriores, é claro e evidente que o Sporting está no bom caminho. A confirmarem-se estes cenários, Rúben Amorim poderá, pela primeira vez desde que está em Alvalade, competir com o treinador do Benfica com as mesmas armas na preparação da época seguinte.
Longe de ambos e nos antípodas disto tudo, continuará o treinador do Futebol Clube do Porto. Seja ele Sérgio Conceição ou quem o venha a substituir, naquela que já foi a ‘cadeira de sonho’ do cada vez mais que provável presidente azul e branco.