INQUÉRITO TEM POUCA MARGEM
Processo aberto em 2017/18 ainda corre, mas atuação do CD estará sempre limitada
Está para breve a conclusão do inquérito aberto aos factos julgados agora no plano judicial. Ainda com José Manuel Meirim na liderança do órgão, o Conselho de Disciplina (CD) abriu o processo de inquérito 37-2017/18, à altura do conhecimento público das suspeitas, juntando-lhe um apenso. Este procedimento da justiça desportiva ainda corre, mas, segundo apurou Record, é pouco provável que resulte na abertura de processos disciplinares a César Boaventura ou ao Benfica. Com menos capacidade de fazer prova do que o Ministério Público, o CD dificilmente conseguirá abrir processo ao Benfica e até a César Boaventura, que não será agente desportivo licenciado. De qualquer forma, caso o Benfica venha a ser alvo, as águias poderão incorrer em corrupção (punível com desclassificação) ou corrupção na forma tentada (subtração de 2 a 5 pontos). Assistente no processo judicial, o FC Porto exigiu ação da justiça desportiva: “Por não ser verosímil que tais ações tenham resultado exclusivamente da vontade individual do condenado, exige-se que a justiça desportiva os avalie devidamente,
FC PORTO PEDIU AÇÃO DA JUSTIÇA DESPORTIVA. SPORTING JÁ TINHA PUGNADO POR INQUÉRITO À LIGAÇÃO COM RIVAL
apure responsabilidades e aja em conformidade.” Igualmente assistente, o Sporting não teceu comentários, embora já tenha tomado uma posição pública em comunicado, no passado, no qual vincou a necessidade de “legitimar, de uma vez por todas, o desporto nacional” e considerou que a “relação próxima de César Boaventura com o Benfica” deveria ter sido “investigados em sede de inquérito”.
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