Record (Portugal)

INQUÉRITO TEM POUCA MARGEM

Processo aberto em 2017/18 ainda corre, mas atuação do CD estará sempre limitada

- ANDRÉ MONTEIRO E NUNO MARTINS

Está para breve a conclusão do inquérito aberto aos factos julgados agora no plano judicial. Ainda com José Manuel Meirim na liderança do órgão, o Conselho de Disciplina (CD) abriu o processo de inquérito 37-2017/18, à altura do conhecimen­to público das suspeitas, juntando-lhe um apenso. Este procedimen­to da justiça desportiva ainda corre, mas, segundo apurou Record, é pouco provável que resulte na abertura de processos disciplina­res a César Boaventura ou ao Benfica. Com menos capacidade de fazer prova do que o Ministério Público, o CD dificilmen­te conseguirá abrir processo ao Benfica e até a César Boaventura, que não será agente desportivo licenciado. De qualquer forma, caso o Benfica venha a ser alvo, as águias poderão incorrer em corrupção (punível com desclassif­icação) ou corrupção na forma tentada (subtração de 2 a 5 pontos). Assistente no processo judicial, o FC Porto exigiu ação da justiça desportiva: “Por não ser verosímil que tais ações tenham resultado exclusivam­ente da vontade individual do condenado, exige-se que a justiça desportiva os avalie devidament­e,

FC PORTO PEDIU AÇÃO DA JUSTIÇA DESPORTIVA. SPORTING JÁ TINHA PUGNADO POR INQUÉRITO À LIGAÇÃO COM RIVAL

apure responsabi­lidades e aja em conformida­de.” Igualmente assistente, o Sporting não teceu comentário­s, embora já tenha tomado uma posição pública em comunicado, no passado, no qual vincou a necessidad­e de “legitimar, de uma vez por todas, o desporto nacional” e considerou que a “relação próxima de César Boaventura com o Benfica” deveria ter sido “investigad­os em sede de inquérito”.

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