“Condenação por fé”
Em declarações a Record após a sua condenação, César Boaventura apontou a contradições no depoimento dos jogadores. Mais concretamente, referiu que Lionn não se lembrava do seu próprio número de telemóvel, não conseguindo, no entender de Boaventura, provar que foi contactado. “A investigação não existiu, foi uma extração de dois processos com os quais nada tenho a ver, em que Marcelo e Cássio eram arguidos por `match fixing' no Feirense-Rio Ave, defenderam-se usando o meu nome. (...) No depoimento dos atletas em tribunal há uma constante contradição. (...) Não há uma prova de mensagens em tribunal e não conseguiu demonstrar qual era o número à data. Mas pega-se nisto e o juiz deu como provado que eu lhe liguei”, afirmou, aprofundando: “Deu como provado que me encontrei com eles em dias diferentes quando os próprios disseram que estiveram comigo no mesmo dia, mesma hora e em locais diferentes. O mais surreal é que chegámos ao ponto de uma condenação pela fé e sem provas.”
Por fim, Boaventura apontou a uma, diz, aliança entre Sporting e FC Porto. “Sei que estou a ser usado pela aliança do Hotel Altis, que provocou o caos no futebol português com denúncias anónimas, com furto de emails, truncagem de emails e informação privada. Pergunto se não seriam eles capazes de envolver um César Boaventura ou qualquer outro agente desportivo para continuar o tal lamaçal que eles gostam ou contratar jogadores em fim de carreira, com 3 milhões de euros brutos, permanecem cinco meses num clube e depois os descartam. Foi o caso de Marcelo, que foi para o Sporting”, disse, concluindo: “Toda a gente sabe que são 40 anos disto. Mas só vou parar quando a verdade for reposta.”
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