Cultura destrutiva
Os bons desempenhos das equipas de arbitragem são o pior pesadelo para os ditos `avençados' que atuam nas redes sociais e nos espaços televisivos disponibilizados pelos clubes. A cultura do ódio e da perseguição é muitas vezes alimentada com o foco principal na arbitragem, não importa se a decisão está correta ou não, o importante é `construir' uma verdadeira narrativa de vitimização, sem olhar a meios, de forma a desviar o foco dos próprios fracassos. Não existe uma discussão saudável sobre futebol, sobre arbitragem e as suas leis, sobre táticas de jogo ou da qualidade dos adversários, nada de positivo prolífera em mentes moldadas por cegueiras ideológicas direcionadas sempre para provocar o caos quando o assunto envolve os seus respetivos clubes. Quando não existem motivos para continuar a espalhar esse ódio, muito facilmente aparece uma imagem parada no frame que interessa, acompanhada pelas comparações habituais com lances do século passado, não só dos próprios jogos, mas sobretudo dos jogos das equipas rivais. A última jornada do campeonato demonstrou uma maior segurança nos desempenhos dos árbitros e, uma vez mais, mostraram estar numa boa fase e menos dependentes da intervenção do VAR. A arbitragem portuguesa viveu muitos anos na dependência de dois ou três nomes que apareciam sempre nos jogos mais importantes, mas felizmente essa estratégia tem vindo a ser alterada recentemente com um impacto positivo no aumento na qualidade dos desempenhos das `novas' equipas de arbitragem.