NERVOS PODIAM TER SIDO EVITADOS
Resultado é curto para as oportunidades que a equipa criou, defende o treinador
A noite não foi propriamente tranquila para Roger Schmidt, que sofreu de forma expressiva nos últimos minutos, junto ao banco. Um lance já perto do fim (aos 90’+3), em que Otamendi esteve perto de marcar, provou isso mesmo: o treinador alemão levou as mãos à cara. Na análise ao jogo, explicou que os nervos podiam ter sido evitados. “Jogámos melhor do que aquilo que o 2-1 mostra. Tivemos muitas chances para marcar mais do que dois golos”, avaliou, na flash interview.
O técnico do Benfica não tardou em identificar alguns erros. “Não foi tudo perfeito. Na primeira parte faltou intensidade com e sem bola, mas também tivemos bons momentos”, referiu ainda, antes de mais tarde, já na conferência de imprensa, abordar o “cansaço” de António Silva. “Defendemos de forma quase perfeita. O adversário não teve grandes oportunidades, só a do golo. Nesse momento, o António Silva estava motivado e envolvido no ataque e depois sentiu algumas dificuldades em vir para trás, estava cansado. Por isso permitimos o golo”, analisou o treinador, de 56 anos. Sublinhando que a equipa encarnada “mereceu ganhar”, Schmidt falou ainda da forma como os seus homens chegaram os golos, já no segundo tempo. “Marcámos através de dois penáltis, que foram muito claros”, frisou, concluindo: “Na segunda parte estivemos um pouco melhor em relação à intensidade, encontrámos boas oportunidades. Eles procuravam contra-ataques, demonstravam a sua qualidade e não era fácil. Marcámos, depois tentámos procurar um melhor resultado para a segunda mão, cometemos um erro e eles marcaram.” Contrariamente a Carles Martínez [ver peça abaixo], Schmidt espera uma segunda mão diferente. “Obtivemos muita informação deste jogo, vamos preparar-nos. Mas é claro que eles vão ter de assumir riscos, vai ser mais aberto”, refletiu.
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A FRASE
“NÃO FOI TUDO PERFEITO. NA PRIMEIRA PARTE FALTOU INTENSIDADE COM E SEM BOLA. DEPOIS PERMITIMOS O GOLO”