Record (Portugal)

Eu também não percebo nada disto

- Eládio Paramés

Muitas coisas estranhas acontecem na área do desporto neste nosso Portugal. Nos relvados, fora deles, mas quase todas de difícil explicação e entendimen­to. Uma das mais recentes foi a decisão do Tribunal que condenou um empresário ligado ao futebol a uma pena de prisão, ainda que suspensa, por considerar que tinha corrompido vários jogadores para permitirem a vitória da equipa adversária. O desventura­do dá pelo nome de Boaventura e os jogadores envolvidos eram do Rio Ave que defrontava o Benfica. Ora, perante esta condenação, seria plausível que a Justiça Desportiva atuasse sobre o clube possivelme­nte beneficiad­o pelos atos ilícitos. Mas não, nada aconteceu e parece que nada irá acontecer. Ou sou eu que não percebo nada disto...

Ainda em relação aos encarnados, estranhei também que o Herr Schmidt jogasse em Guimarães, onde o relvado estava encharcadí­ssimo e a bola rolava pouco, sem ponta de lança. Tinha-os no banco, provavelme­nte para evitar qualquer constipaçã­o em vésperas de jogo europeu. Mas isto sou eu quem acha, que não percebo nada disto.

Outro caso engraçado foi a dispensa de Al Musrati em vésperas de uma importante deslocação do Braga a Alvalade. Dispensa por empréstimo, com opção de compra obrigatóri­a, é certo, mas dispensa, e Artur Jorge viu-se sem um dos elementos mais importante­s do plantel. E saíu de lá de saco cheio, com as cinco batatas que apanhou. Como eu não percebo nada disto, não posso dizer que, com Al Musrati, o resultado teria sido diferente, mas que fez muita falta, fez, como aliás o próprio treinador assumiu. Mas, pronto, Al-Khelaifi ficou agradecido a Salvador.

Sérgio Conceição afirmou, depois da derrota com o Arouca, que “não percebia nada disto”. Pois, nem ele, nem muitos portistas conseguem perceber algo daquilo!

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