Por uma questão de justiça
A APAF prepara-se para enviar aos grupos parlamentares um documento com preocupações sobre temas que devem ter uma outra abordagem de quem faz as leis no nosso país.
Para a APAF, mais urgente e necessário
é a necessidade de ser criada, a atividade/profissão de árbitro/juiz, permitindo a quem a desempenhar ter a sua carreira contributiva, como qualquer outro profissional, com os respetivos direitos e deveres. Este será mais um passo importante no caminho para o verdadeiro profissionalismo na arbitragem. É inadmissível que no futebol profissional os árbitros o sejam apenas na execução da função, ficando tudo o resto para trás.
Outro aspeto que deve ser tido em conta,
tem a ver com a necessidade de se aumentar o valor de isenção dos rendimentos dos árbitros jovens. Ou seja, aqueles que estão a iniciar a sua carreira na arbitragem, dirigindo jogos dos campeonatos distritais, recebem valores diminutos, mas que têm de ser declarados. Esses valores se forem superiores a 2375 euros/ano (5IAS) impedem a acumulação com bolsas de estudo ou subsídios de ação social. É imperioso que o valor máximo para a referida isenção seja aumentado, de forma a podermos continuar a atrair jovens para a função de árbitro.
Outra questão que iremos invocar
é o material desportivo que os árbitros amadores têm de comprar para o desempenho da sua função. Deve a lei contemplar exceções que possibilitem baixar o IVA, e assim tornar mais acessível o desempenho da função.
Guardo as últimas palavras desta crónica
para dar um abraço ao árbitro Sérgio Soares, nomeado pela quarta vez para um Mundial de futebol de praia. É mais um passo numa carreira cheia de sucessos ao mais alto nível mundial.