“Crise é corrupção, salários e violência”
Defende a atitude do seu plantel, que irá “lutar até ao último segundo do último jogo”
“Aqui ninguém atira a toalha ao chão, aqui ninguém desiste”, respondeu de pronto Sérgio Conceição quando convidado a fazer as contas do título. A mensagem ficou clara, com o técnico a usar como exemplo a recuperação da última época, que terminou com o FC Porto a 2 pontos do campeão Benfica quando poderia ter saído da visita a Luz a 13 pontos: “Aqui ninguém desiste. O trabalho diário, o foco e a ambição são iguais. As coisas estão mais difíceis, estamos conscientes disso, mas estamos aqui para lutar e para dar luta até ao fim.”
A certeza de que o FC Porto está por dentro da corrida ao título serviu de preâmbulo para os problemas sentidos em Arouca, que não tiveram “que ver com a atitude” dos jogadores, que “não mudou nada”, assim como a sua “ambição e dedicação”. Entre referências às dificuldades que a equipa de Daniel Sousa impôs e a admissão de erros próprios, Sérgio Conceição derivou o seu discurso para uma avaliação geral do momento do FC Porto. “Empatar e perder, para nós, não serve, nunca serviu nesta casa e não serve agora. Daí a falarem, ou como vi escrito, de um avolumar de críticas, de uma crise no FC Porto... Para mim, crise é a corrupção desportiva, ordenados em atraso, a violência nos estádios... Isso é que é crise”, afirmou, lembrando a presença nos oitavos da Champions, a convicção de uma luta pelo título até ao fim e até que o único título, além da Supertaça no início de época, ganho até agora foi pelo Sp. Braga, a Allianz Cup. Pelo meio, numa outra referência ao jogo de Arouca, o técnico não deixou também de apontar à arbitragem: “Não estivemos bem, temos de o dizer. Mas convém lembrar que aos 8’ empatámos e dos 8’ aos 28’, em que houve aquele penálti, sendo que na área do adversário houve um similar que não assinalado, que deu o 2-1, tivemos três ou quatro ocasiões para nos metermos por cima do marcador.”
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