MARCAR E SOFRER
Expulsão de Diogo Mendes condicionou madeirenses, que foram ainda assim competentes
O Marítimo somou a sua terceira vitória consecutiva, igualando assim a melhor série na 2.ª Liga, obtida precisamente contra estes últimos três adversários na 1.ª volta. Uma vitória justa mas sofrida, já que a expulsão de Diogo Mendes obrigou a jogar a inferioridade numérica durante muito tempo. O FC Porto B teve mais bola, mas nunca encontrou forma de furar a organização defensiva madeirense. O árbitro Márcio Torres foi protagonista pela negativa, puxando demasiadas vezes do cartão (11 amarelos e 1 vermelho), mas acertou no lance capital, quando Platiny fugiu à marcação e foi derrubado por Meixedo. O brasileiro converteu o penálti e fez o único golo do encontro. Os dragões – que também se queixaram de um penálti sobre Gabi – procuraram reagir, mas sem a objetividade necessária e o Marítimo, mais sereno, só não ampliou porque Lucas Silva não esteve nos seus dias e Julião viu Meixedo fazer uma boa defesa. Quando ficou com dez, o Marítimo
reorganizou o meio-campo e soube sofrer na meia-hora final (10 minutos de compensação incluídos), com uma dupla de centrais competente, mas sempre com a capacidade de sair a jogar com perigo. E, mesmo com menos um, as melhores oportunidades continuaram a ser da equipa da casa. Folha apostou em dois pontas-de-lança, mas perigo real só mesmo num cabeceamento de Marcus (72’), tal a dificuldade em chegar à zona de finalização. Nota final para a ausência de Bica no Marítimo. O avançado está sujeito à alçada disciplinar do clube e desceu à equipa B.
*
“DEPOIS DO VERMELHO, MUITO DISCUTÍVEL, UNIMO-NOS E MOSTRÁMOS CAPACIDADE DE SOFRER E GERIR O JOGO” FÁBIO PEREIRA, tr. do Marítimo
“CONTRA UM ADVERSÁRIO DE 1ª LIGA, A MINHA EQUIPA ESTEVE À ALTURA. PODÍAMOS TER SAÍDO COM PONTOS” ANTÓNIO FOLHA, tr. do FC Porto B