ROTAÇÃO NECESSÁRIA SEM MEDO DA CRÍTICA
Treinador viu uma das “melhores exibições” desta temporada antes de “semanas decisivas”
Contestado muitas vezes por um suposto conservadorismo em relação às opções no onze, Roger Schmidt agitou as águas com 6 mexidas, tantas como os golos que viu a sua equipa marcar. No final, era um homem feliz e encarou as críticas como naturais. “Não interessa o que faço, haverá sempre criticas porque sou o treinador do Benfica, é normal. Sei disso e não tenho problemas, de todo”, afirmou, em conferência de imprensa, já depois de explicar a revolução no onze. Numa altura em que o calendário vai apertar, o técnico, de 56 anos, quis proteger os mais fatigados e dar tempo a jogadores que podem vir a ser cruciais. “Vêm aí semanas difíceis. Tivemos algumas mudanças para descansar alguns jogadores e dar tempo a outros para subir de forma. Temos de encontrar o momento certo para cuidar de alguns jogadores e fazê-los descansar. É importante que haja a chance de outros se mostrarem. Há diferentes opções no plantel e precisamos de todos estes jogadores”, vincou.
Perante este cenário, a aposta foi ganha e o treinador alemão ficou visivelmente contente com a performance da equipa. “Foi um jogo fantástico e uma das melhores exibições esta temporada, sobretudo pelo que fizemos na primeira parte”, expressou, à BTV, completando a ideia na sala de imprensa. “Houve muita energia em campo. Todos os jogadores estiveram envolvidos e bem com a bola. Fomos pacientes, esperamos sempre pelos momentos para acelerar. Os jogadores desfrutaram. Foi um dia importante para nós.” Assim, Schmidt viu jogadores menos utilizados a brilhar e afirmou que esta é uma dor de cabeça saudável, por exemplo, quando falou das alternativas na posição de ponta-de-lança. “Temos muitas opções. Prefiro este problema do que o contrário”, afirmou, apesar da ironia ao ser questionado se era um sonho ter tão boas opções. “Tudo é um sonho para mim”, disse e sorriu.
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