“Maldade rima com imbecilidade”
Presidente classificou como “lamentável” o comentário recente de José Eduardo Moniz
Na noite de domingo, José Eduardo Moniz englobou a Assembleia Geral do FC Porto de 13 de novembro num lote de conflitos internacionais, entre eles as guerras na Ucrânia e na Palestina, durante a intervenção na gala de aniversário da TVI. Um comentário que caiu muito mal no universo portista e que espoletou, logo nessa noite, críticas por parte de Francisco J. Marques, diretor de comunicação dos dragões, e de André Villas-Boas, candidato à presidência. Ora, ontem, à margem da apresentação das contas, também Pinto da Costa reagiu à polémica.
“NÃO ACHO NADA ESTRANHO. NADA DO QUE ACONTECE É ESTRANHO, É O QUE É”, DISSE SOBRE O CASO BOAVENTURA
“Não vi o programa, normalmente não vejo a TVI. Mas comecei a receber mensagens com a transcrição do que foi dito. Acho lamentável, mas como maldade rima com imbecilidade, as duas coisas juntas deram aquele texto televisivo, que acabou com sujeitos a tratarem o presidente do Conselho de Administração de ‘Manelinho’ ou ‘Marinho’ e a oferecerem viagens para Neptuno.
Acho que a TVI devia fazer uma viagem para Neptuno e deixar lá muita gente”, começou por dizer o presidente do FC Porto, completando: “A única atitude que temos de ter é de desprezo total e absoluto. E esperar que as autoridades, se ainda as há, tenham alguma reação. Não só ofendeu o FC Porto como ofendeu também a Ucrânia, onde está a haver um desastre mundial, e a Palestina.”
Outro dos casos do momento é a condenação de César Boaventura por corrupção, num processo que ilibou o nome do Benfica.
Algo que surpreendeu Pinto da Costa? “Não acho nada estranho. Nada do que acontece é estranho, é o que é”, atirou, de forma sintética, o líder portista. Já sobre as contas positivas, lembrou aqueles que duvidaram da sua palavra. “São Tomé também não acreditou que Cristo tinha ressuscitado, mas São Tomé fê-lo por inocência e não por imbecilidade. Não há São Tomés entre quem diz isso”, ironizou Pinto da Costa, acrescentando que tem a garantia que os capitais próprios “ficarão positivos dentro deste mandato”.
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