CASTIGO A PAULINHO TEM PERDÃO DO PAPA
Suspensão de dois jogos, na época passada, por chamar “corruptos” aos árbitros, foi amnistiada
Mais de um ano após ter sido expulso, por acumulação de amarelos, frente ao FC Porto, na final da Allianz Cup da época passada, Paulinho viu por fim o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) pronunciar-se sobre o recurso que o Sporting intercedeu a 7 de fevereiro de 2023. A decisão foi favorável ao avançado, que recebeu amnistia de um castigo de dois jogos, no âmbito da visita a Portugal do Papa Francisco, por ocasião das Jornadas Mundiais da Juventude, no último verão. Puxando a cassete atrás, após o jogo com os dragões, a 28 de janeiro de 2023, Paulinho foi suspenso pelo Conselho de Disciplina (CD) em três jogos – um pela expulsão e mais dois por ofensas, pois, segundo o relatório de João Pinheiro, chamou “corruptos” aos árbitros ao sair do relvado. Nos dias que se seguiram, o Sporting
apresentou recurso para o Pleno do CD (indeferido) e outro para o TAD, juntamente com uma providência cautelar para o Tribunal Central Administrativo Sul (TCAS), esta deferida. O esquerdino cumpriu assim dois dos três jogos de castigo – não foi a jogo com o Sp. Braga e o Rio Ave – e voltou às opções no reencontro com o FC Porto, no campeonato. O caso continuou sob a égide do TAD, mas em última instância não prevaleceram os argumentos das partes, mas sim a lei n.º 38-A/2023, que veio estabelecer um perdão de penas e uma amnistia de infrações, pela presença do Papa Francisco no país. Deste modo, o colégio arbitral decidiu “amnistiar as sanções de suspensão por dois jogos e de multa por 2.555 euros” ao português. Recorde-se que também Vlachodimos, Neres, Álvaro Djaló ou os técnicos Miguel Afonso ou Nuno Dias tiveram igual perdão.
*
TRIBUNAL ARBITRAL DO DESPORTO PRONUNCIOU-SE MAIS DE UM ANO DEPOIS. VLACHODIMOS OU NERES MERECERAM IGUAL DECISÃO