Record (Portugal)

Matriz de liderança no FC Porto

- Luís Miguel Henrique Advogado OCTÁVIO RIBEIRO RUI DIAS

DURANTE DÉCADAS, O ATO ELEITORAL NO FCP FOI UM PLEBISCITO

À FIGURA DO PRESIDENTE

SE VEMOS TRUQUES DE CAMPANHA EM AMBOS OS LADOS DA BARRICADA, OS MAIS FÁCEIS DE DESMONTAR TÊM VINDO DA CANDIDATUR­A DOS ATUAIS ÓRGÃOS SOCIAIS, NOMEADAMEN­TE DA ENGENHARIA CONTABILÍS­TICA QUE NÃO GANHOU MAIS LASTRO PELO TRABALHO DO AUDITOR ATÉ À CAPTURA DA CANDIDATUR­A DE NUNO LOBO

Qualquer cidadão de uma democracia contemporâ­nea já está habituado às muitas artimanhas de marketing político próprias das campanhas eleitorais que habitualme­nte antecedem o dia do voto.

Qualquer campanha política

é cada vez mais, e acima de tudo, uma autêntica guerra de comunicaçã­o, em vez de ideias e equipas, onde, independen­temente do armamento utilizado por cada um dos intervenie­ntes, muitas vezes ganha aquele que menos erra.

Assim tem sido nas campanhas que elegem os nossos deputados, autarcas ou até presidente­s da república e, se dúvidas houvesse, bastou assistir aos últimos debates entre os líderes partidário­s nas nossas TV’s para perceber o duplo grande objetivo sempre presente em cada batalha - evitar errar e, simultanea­mente, provocar o erro do adversário.

Transpondo isto para a vida

associativ­a dos clubes, a verdade é que, em alguns deles, nem sempre tal fenómeno im- pera, porque na esmagadora maioria das vezes o ato eleitoral é um mero plebiscito à figura do presidente da direção.

Assim foi durante décadas no Futebol Clube de Porto, mas já se percebeu que esse período terminou com a entrada em cena da candidatur­a de André Villas-Boas.

Se vemos alguns truques de campanha em ambos os lados

da barricada, parece-me que os mais fáceis de desmontar têm continuame­nte vindo da candidatur­a dos atuais órgãos sociais, nomeadamen­te através da engenharia contabilís­tica por forma a cumprir com a pro- messa de alcançar os capitais próprios positivos – que não ganhou mais lastro pelo isento trabalho do auditor da SAD – até à captura da candidatur­a de Nuno Lobo, que já se viu existir apenas para fazer o papel de incendiári­o e do jogo menos limpo contra a candidatur­a de AVB.

Contudo, quando falamos de liderança existe uma matriz muito fácil de usar com que recentemen­te me cruzei nas redes sociais. É perfeitame­nte ajustável a vários cenários e de maneio quase intuitivo, com vista a obter uma simples avaliação.

Dessa forma, de uso bastante empírico, podemos saber quem com o nosso voto devemos demitir, promover ou apenas incentivar a melhorar, a qual reza assim: 1 Aqueles que obtêm elevados resultados e são donos de elevados valores devem ser ‘recompensa­dos’; 2 - Já aqueles que têm altos valores morais e éticos mas fracos resultados têm de ser ‘treinados’; 3 - Por sua vez, os que têm elevada performanc­e mas valores baixos têm rapidament­e de ser ‘educados’, sob pena de terem de ser eliminados no curto prazo antes de fazerem mais estragos, e por último; 4. Todos os profission­ais dotados de baixos valores e com baixa performanc­e têm obrigatori­amente de ser ‘demitidos’ o quanto antes.

Assim sendo, fica aqui o repto aos

sócios portistas. Em qual delas colocam os atuais orgãos sociais do FC Porto? Essa resposta poderá ajudar no sentido de voto.

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