Matriz de liderança no FC Porto
DURANTE DÉCADAS, O ATO ELEITORAL NO FCP FOI UM PLEBISCITO
À FIGURA DO PRESIDENTE
SE VEMOS TRUQUES DE CAMPANHA EM AMBOS OS LADOS DA BARRICADA, OS MAIS FÁCEIS DE DESMONTAR TÊM VINDO DA CANDIDATURA DOS ATUAIS ÓRGÃOS SOCIAIS, NOMEADAMENTE DA ENGENHARIA CONTABILÍSTICA QUE NÃO GANHOU MAIS LASTRO PELO TRABALHO DO AUDITOR ATÉ À CAPTURA DA CANDIDATURA DE NUNO LOBO
Qualquer cidadão de uma democracia contemporânea já está habituado às muitas artimanhas de marketing político próprias das campanhas eleitorais que habitualmente antecedem o dia do voto.
Qualquer campanha política
é cada vez mais, e acima de tudo, uma autêntica guerra de comunicação, em vez de ideias e equipas, onde, independentemente do armamento utilizado por cada um dos intervenientes, muitas vezes ganha aquele que menos erra.
Assim tem sido nas campanhas que elegem os nossos deputados, autarcas ou até presidentes da república e, se dúvidas houvesse, bastou assistir aos últimos debates entre os líderes partidários nas nossas TV’s para perceber o duplo grande objetivo sempre presente em cada batalha - evitar errar e, simultaneamente, provocar o erro do adversário.
Transpondo isto para a vida
associativa dos clubes, a verdade é que, em alguns deles, nem sempre tal fenómeno im- pera, porque na esmagadora maioria das vezes o ato eleitoral é um mero plebiscito à figura do presidente da direção.
Assim foi durante décadas no Futebol Clube de Porto, mas já se percebeu que esse período terminou com a entrada em cena da candidatura de André Villas-Boas.
Se vemos alguns truques de campanha em ambos os lados
da barricada, parece-me que os mais fáceis de desmontar têm continuamente vindo da candidatura dos atuais órgãos sociais, nomeadamente através da engenharia contabilística por forma a cumprir com a pro- messa de alcançar os capitais próprios positivos – que não ganhou mais lastro pelo isento trabalho do auditor da SAD – até à captura da candidatura de Nuno Lobo, que já se viu existir apenas para fazer o papel de incendiário e do jogo menos limpo contra a candidatura de AVB.
Contudo, quando falamos de liderança existe uma matriz muito fácil de usar com que recentemente me cruzei nas redes sociais. É perfeitamente ajustável a vários cenários e de maneio quase intuitivo, com vista a obter uma simples avaliação.
Dessa forma, de uso bastante empírico, podemos saber quem com o nosso voto devemos demitir, promover ou apenas incentivar a melhorar, a qual reza assim: 1 Aqueles que obtêm elevados resultados e são donos de elevados valores devem ser ‘recompensados’; 2 - Já aqueles que têm altos valores morais e éticos mas fracos resultados têm de ser ‘treinados’; 3 - Por sua vez, os que têm elevada performance mas valores baixos têm rapidamente de ser ‘educados’, sob pena de terem de ser eliminados no curto prazo antes de fazerem mais estragos, e por último; 4. Todos os profissionais dotados de baixos valores e com baixa performance têm obrigatoriamente de ser ‘demitidos’ o quanto antes.
Assim sendo, fica aqui o repto aos
sócios portistas. Em qual delas colocam os atuais orgãos sociais do FC Porto? Essa resposta poderá ajudar no sentido de voto.