MAIS DO QUE JOGAR IMPORTAVA GANHAR
Elogiou os jogadores que interpretaram “o plano na perfeição” e deu troco às críticas de Arteta
Vencer na Liga dos Campeões é sempre especial, mas ontem, para Sérgio Conceição, o triunfo diante do Arsenal foi diferente por ter sido no dia em que foi. E o treinador fez questão de o explicar logo a abrir a conferência de imprensa.
“Tinha prometido a mim mesmo antes do jogo que se ganhássemos ia dedicá-lo à mulher mais importante da minha vida, a minha mãe. Faz hoje 30 anos que
“ELES QUISERAM JOGAR, NÓS QUISEMOS GANHAR. TER 40/60 EM POSSE NÃO É ESCANDALOSO E FOMOS MAIS PERIGOSOS” partiu”, começou por referir o treinador, visivelmente emocionado, prosseguindo depois para a análise a uma vitória que considerou ter sido fruto de um trabalho coletivo imaculado. “Estou satisfeito pelo que foi o trabalho dos nossos jogadores. Interpretaram na perfeição o plano de jogo diante de uma equipa que ofensivamente tem jogadores acima da média. Aliás, defensivamente também são jogadores de grandíssimo nível. Houve muita solidez da nossa parte. Não permitimos ao Arsenal rematar perto da nossa baliza. Eles são muito fortes nos diferentes momentos do jogo. E nós tivemos de ser uma equipa intensa”, explicou Sérgio Conceição, que, confrontado com as palavras de Arteta sobre a postura do FC Porto, começou por ser sintético.
“É uma opinião. Eles quiseram jogar, nós quisemos ganhar”, atirou, aprofundando de seguida o que pensa sobre as diferentes formas de se chegar aos objetivos: “O treinador adversário tem uma escola que privilegia muito a posse de bola, inspira-se no Pep Guardiola, que é o treinador mais titulado do mundo. Acham que a melhor forma de ganhar é privilegiando essa posse. Isso depende
da equipa e dos intérpretes que se tem, assim como da estratégia. Ter 40/60% em posse de bola não é escandaloso e não me importava de ter 30/70% de posse no jogo em Londres e ganhar outra vez. A posse de bola tem que ver com o que se faz com ela depois. O Arsenal teve mais bola, mas nós fomos sempre a equipa mais perigosa.”
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