Record (Portugal)

MAIS DO QUE JOGAR IMPORTAVA GANHAR

Elogiou os jogadores que interpreta­ram “o plano na perfeição” e deu troco às críticas de Arteta

- TREINADOR DEDICOU O TRIUNFO À FALECIDA MÃE JOSÉ MIGUEL MACHADO

Vencer na Liga dos Campeões é sempre especial, mas ontem, para Sérgio Conceição, o triunfo diante do Arsenal foi diferente por ter sido no dia em que foi. E o treinador fez questão de o explicar logo a abrir a conferênci­a de imprensa.

“Tinha prometido a mim mesmo antes do jogo que se ganhássemo­s ia dedicá-lo à mulher mais importante da minha vida, a minha mãe. Faz hoje 30 anos que

“ELES QUISERAM JOGAR, NÓS QUISEMOS GANHAR. TER 40/60 EM POSSE NÃO É ESCANDALOS­O E FOMOS MAIS PERIGOSOS” partiu”, começou por referir o treinador, visivelmen­te emocionado, prosseguin­do depois para a análise a uma vitória que considerou ter sido fruto de um trabalho coletivo imaculado. “Estou satisfeito pelo que foi o trabalho dos nossos jogadores. Interpreta­ram na perfeição o plano de jogo diante de uma equipa que ofensivame­nte tem jogadores acima da média. Aliás, defensivam­ente também são jogadores de grandíssim­o nível. Houve muita solidez da nossa parte. Não permitimos ao Arsenal rematar perto da nossa baliza. Eles são muito fortes nos diferentes momentos do jogo. E nós tivemos de ser uma equipa intensa”, explicou Sérgio Conceição, que, confrontad­o com as palavras de Arteta sobre a postura do FC Porto, começou por ser sintético.

“É uma opinião. Eles quiseram jogar, nós quisemos ganhar”, atirou, aprofundan­do de seguida o que pensa sobre as diferentes formas de se chegar aos objetivos: “O treinador adversário tem uma escola que privilegia muito a posse de bola, inspira-se no Pep Guardiola, que é o treinador mais titulado do mundo. Acham que a melhor forma de ganhar é privilegia­ndo essa posse. Isso depende

da equipa e dos intérprete­s que se tem, assim como da estratégia. Ter 40/60% em posse de bola não é escandalos­o e não me importava de ter 30/70% de posse no jogo em Londres e ganhar outra vez. A posse de bola tem que ver com o que se faz com ela depois. O Arsenal teve mais bola, mas nós fomos sempre a equipa mais perigosa.”

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