“Sabemos que isto não está fechado!” “Não vamos dizer que não a nada...”
Técnico diz que leão tem “obrigação de passar”, mas alerta jogadores para perigos dos suíços. E quer ver aquele leão... “completo e dominador”
O 3-1 conquistado há uma semana pelo Sporting em Berna, frente ao Young Boys, na primeira mão do playoff da Liga Europa, deixa o leão confortável, mas nunca de cadeirinha para o embate em Lisboa, hoje, a partir das 20h00. Numa relação direta, a obrigatoriedade de o leão marcar presença nos ‘oitavos’ da prova levou Rúben Amorim a sublinhar, na sua antevisão, o quão perigosos podem ser os suíços, mas também a pedir à sua equipa para puxar dos galões, mostrando-se superior, como tem, diz, acontecido na maioria dos jogos desta época. “Espero um jogo muito difícil,
porque uma equipa que pressiona o Man. City, também pressiona o Sporting, até porque precisa de marcar golos. É por isso que será importante entrarmos também assim, com o foco em marcar primeiro”, atirou o treinador, de 39 anos, lembrando que “não há dois jogos iguais”, antes de concretizar: “E este é muito perigoso, não há vantagem dos golos fora, está tudo em aberto, mesmo que não possamos esconder que estamos em vantagem; estamos em vantagem pelo que demonstrámos na Suíça. Jogamos perante os nossos adeptos, no nosso relvado, mas sabemos que isto não está fechado. Vamos ter de sofrer muito e de correr muito para passar, percebendo que, por tudo isto, temos a obrigação de passar.”
Como eles cresceram...
O tal ‘ganhar ou ganhar’ também chega do tal favoritismo que Rúben crê ser precipitado pelo crescimento que os verdes e brancos têm mostrado. A atravessar um período ofensivo robusto, a três golos dos 100 na época, o Sporting tem juntado… as trancas à porta, com apenas cinco tentos encaixados nos 10 encontros de 2024. “Desde o início da temporada – e mesmo sofrendo os golos que
sofríamos –, os adversários nunca tinham grandes oportunidades… O que vejo é que as equipas rematam menos, têm menos oportunidades e hoje, nos momentos-chave, somos mais fortes. Melhorámos nas bolas paradas defensivas, encontrámos um equilíbrio grande; há alguns jogos em que sofremos poucos golos, o que nos deixa mais perto de vencer, porque marcamos sempre algum. Estamos, globalmente, num bom momento, mas um resultado muda tudo e é por isso que estamos sempre de pé atrás…”
“Avaliados pelos títulos”, vinca
Mas nem de propósito, prosseguimos: será este, ainda assim, o melhor leão da era Amorim? “Não sei se é o melhor; é, sim, o que marca mais golos – vamos ver se é o melhor, porque ainda não ganhámos nada e nas duas primeiras épocas já tínhamos um título. É por aí que vamos ser avaliados. Mas na capacidade ofensiva e domínio do jogo, somos uma equipa mais completa e dominadora hoje em dia, sim”, prosseguiu o timoneiro sportinguista,
“HOJE, NOS MOMENTOS-CHAVE, SOMOS MAIS FORTES. FAZEMOS MUITOS GOLOS E ENCONTRÁMOS MAIOR EQUILÍBRIO DEFENSIVO”
antes de deixar novo apelo aos adeptos: “Faltam dois meses e meio. Se estivermos todos juntos vai ser difícil para os adversários. Façam mais um esforço!”.
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