UM AMARGO DE BOCA SEM RÉUS NO BANCO
Admite ineficácia mas não falta de qualidade em todos os momentos. “Há dias assim”, lembra
Quando tudo parecia encaminhar-se para (mais um) resultado gordo, o Sporting pecou na eficácia, não avolumou a vantagem da 1ª parte e viu o adversário empatar já nos minutos finais. Um regresso ao passado? Nada... mais errado, segundo Rúben Amorim, que admite sair de Alvalade “frustrado” mas sem conseguir colocar ninguém no banco dos réus. “Temos de ter esse sentimento, mas não tenho ninguém para culpar”, vincou. Apesar do empate, a razão pela qual isenta a sua equipa de responsabilidades deve-se ao que viu em campo: qualidade em todos os momentos. “Não temos fantasmas nenhuns. Houve jogos, como com o Raków, em que ganhámos 2-1 mas a sensação foi de que não jogámos muito bem. Desta vez jogámos, criámos oportunidades, fomos superiores ao adversário... A única ponta de frustração foi não ganhar. Devíamos ter mais uma vitória na Europa e na época. Não temos, mas não há muito a apontar aos jogadores, não houve baixar de intensidade nem de criação de ocasiões. Há dias assim”, atirou. A tal ligeira insatisfação de que fala chega também a Gyökeres, no caso do avançado por ter falhado um penálti que podia ter oferecido o 2-0, mesmo tendo marcado na 1ª parte. “Ele está claramente mais frustrado pelos golos que não marcou do que pelo golo que marcou, isso é claro”, sublinhou, ainda com plena confiança na frieza do sueco dos 11 metros – “vai bater o próximo” – e despreocupado com a sua recuperação para o Rio Ave, depois de ontem ter acumulado mais 90’: “Faz muitos metros, leva muita porrada, mas é um esforço
diferente de um central ou de um médio-defensivo. Não precisa de gestão”, apontou. E no dia em que se isolou na vice-liderança dos treinadores com mais jogos no Sporting, com 195, Amorim só tem é olhos... para a glória: “O treinador mais titulado tem 13. Esse é o objetivo. Dizer que posso vir a ser o que tem mais jogos... e títulos?”.
*
A FRASE
“TEM DE HAVER FRUSTRAÇÃO PORQUE DEVÍAMOS TER MAIS UMA VITÓRIA, MAS NÃO TENHO NINGUÉM PARA CULPAR”