Tempos de exigência
Estamos num mundo onde tudo corre muito rapidamente, onde tudo muda num piscar de olhos. Um mundo onde a diferença é feita por quem age e não por quem reage. O futebol não é exceção, e por isso é cada vez mais um mundo onde os acontecimentos sucedem-se de forma acelerada. Esta exigência obriga-nos a garantir estratégias, ferramentas e comportamentos para continuarmos a ser competitivos.
As novas tecnologias estão a mudar o futebol,
a torná-lo mais instantâneo, cada vez mais um produto para ser consumido e se não for atraente para as marcas e para os adeptos vai acabar por perder mediatismo, ou seja, perder expressão.
As mudanças no futebol são evidentes
o que leva o mundo da arbitragem a ter de refletir sobre os caminhos tomar. Quando estamos em pleno período pré-eleitoral da APAF, da qual sou presidente há oito anos, aproveito este espaço para estimular os árbitros e todos aqueles que estão a ligados ao setor a envolverem-se no dia-a-dia da APAF e da arbitragem. É necessário aumentar os níveis de dedicação de quem está ligado à arbitragem, de todos terem a capacidade de expressar as suas opiniões, darem os seus contributos e fazerem as suas críticas, de preferência construtivas. Só assim o setor poderá evoluir e ser respeitado.
O profissionalismo,
a atração e retenção de jovens para a função de árbitro, as questões fiscais que tanto penalizam os árbitros e a formação dos juízes e dos seus dirigentes são apenas alguns dos temas que merecem a nossa reflexão e o nosso compromisso. Para que estes e outros dossiers possam ter uma evolução positiva, acredito que o melhor caminho passa pelo trabalho em equipa, de forma democrática e com um sentido de compromisso muito elevado.