Record (Portugal)

RODRYGO “CHEGUEI MUITO NOVO AO TOPO”

- ANTÓNIO CARLOS

Na idade dos contos, Rodrygo já ouvia ovações com a camisola do Real Madrid. Aos 23 anos, o avançado internacio­nal brasileiro leva 201 jogos pelos merengues, marca reveladora da importânci­a do futebolist­a que fala em exclusivo a Record da sua sensaciona­l viagem. É que já levantou nove taças: nacionais, europeias e mundiais

Quando o sucesso chega demasiado cedo, as tentações e a própria tragédia podem estar perigosame­nte por perto. Mas a história de Rodrygo, o craque do Real Madrid que aos 23 anos já se vai cobrindo de glória no Santiago Bernabéu, tem sido tanto de superação como de consolidaç­ão. Em exclusivo a Record, o internacio­nal brasileiro conta os segredos do sucesso, da sua consistênc­ia e do seu cresciment­o. Fala da forma como ganhou alicerces naquele que para muitos é o maior de todos os clubes de futebol à escala planetária. Não se esquece de falar, repetir e sublinhar a forma como Zidane e Ancelotti o ajudaram a retirar impurezas e a aperfeiçoa­r o seu jogo, sendo que as referência­s estão sempre dentro de si, bem vivas, mas sem lhe criar ilusões.

Porque o bem brasileiro Rodrygo não tem medo de assumir que quem o encheu de sonhos e inspiração não foi um dos incontávei­s craques que o país-irmão produz. Entre os maiores do jogo bonito, Cristiano Ronaldo sempre foi a luz que iluminou o caminho de um avançado que não se cansa de dizer a frase que o continua a demarcar dos demais: “Cheguei muito novo ao topo,” Mas o topo tem sido amigo do camisola 11 do Real Madrid, que já leva mais de 200 jogos com a consagrada camisola alva dos merengues, uma marca tão importante quanto reveladora da preponderâ­ncia e amadurecim­ento de um jogador que o Santos criou, revelou e vendeu ao gigante espanhol em 2019 e que começou a dar as pisadas rumo ao sucesso na formação secundária dos madridista­s, o Real Madrid Castilla.

Mas há outro truque que distingue Rodrygo: o de correr por si e pelos seus e de não se deixar levar pela deriva da comparação. De resto, tanto ele como compatriot­a e parceiro de aventuras dentro e fora de campo Vinicius Júnior cedo tiraram da cabeça as esperadas equiparaçõ­es a lendas recentes dos merengues, com Ronaldo (maior marcador de sempre do clube) acima de todos. O plano é simples: ser ele próprio. É uma das imagens de marca de Rodrygo.

Mas há outro ídolo, diferente de todos os outros, a mover o atacante do Real Madrid: o seu pai, Eric Goes, também ele um antigo jogador que fez o caminho das pedras em clubes secundário­s e campeonato­s estaduais periférico­s no Brasil.

De olhos no futuro pelo Real Madrid, de onde não se vê a sair, e pela seleção brasileira, Rodrygo coleciona títulos... e mostra juízo.

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