Trocar raquetes sem preconceito
Quando se fala de padel, é fácil o ténis surgir logo como termo de comparação. E a verdade é que os manos Deus são bons exemplos para abordar o tema, já que fizeram carreira no outro desporto da bola amarela antes de agarrarem esta modalidade em ascensão. E fizeram-no sem os tabus ou preconceitos que quem começou no ténis pode ter em relação ao padel. Nuno admite que essa é uma questão real, mas que vai desaparecendo cada vez mais. “Nunca tive grande preconceito em relação ao padel. Ainda tenho muitos amigos do ténis que têm essa ideia, mas estão a começar a mudar a opinião, a deixar esse orgulho do ‘eu sou ténis para a vida’. Acho que está a começar a mudar, que as pessoas estão a perceber que é um desporto a sério, que não é igual ao ténis, que tem as suas características”, atira, deixando um recado para quem acha que por jogar ténis vai dominar no padel. “Não é qualquer pessoa que sai do ténis eé o melhor jogador de padel, isso não é assim. Hoje sou claramente a favor de padel e espero que mais tenistas vejam isto com outros olhos”, acrescenta. Outra pessoa que fez a mudança do ténis para o padel foi Sofia Araújo, atual número oito do ranking mundial que vive um momento de grande destaque nos voos mais altos da modalidade a nível internacional. Trata-se de alguém que os irmãos Deus conhecem muito bem, até porque o percurso é em tudo semelhante, com a diferença de Araújo ter trocado de raquetes antes. “Nós treinávamos com a Sofia quando éramos miúdos. Ela deixou o ténis mais cedo, continuamos a dar-nos muito bem com ela. Está bem consolidada no Premier Padel, falamos muito com ela e o objetivo é sempre chegar aos torneios que ela está a jogar. No fundo, a Sofia tem-se assumido como uma verdadeira inspiração e uma grande referência nesse sentido”, garante Nuno Deus.