Record (Portugal)

DOIS PONTOS A VOAR EM VENDAVAL DE ERROS

Jogo emocionant­e, com muitos golos e alternânci­a no marcador, acabou com um empate aceitável

- CRÓNICA DE RUI DIAS

Um jogo emocionant­e, exigente em termos físicos e mentais, com alternânci­as no marcador, muito condiciona­do por erros individuai­s que estiveram na origem de alguns dos seis golos registados, valeu ao Sporting um empate compromete­dor na deslocação a Vila do Conde. Os leões nunca estiveram tranquilos no duelo, ainda que fossem dominadore­s na maior parte do tempo. A equipa comandou as operações durante mais tempo, teve mais bola e iniciativa, mas não conseguiu levar a cabo o futebol habitual, sendo obrigada a fazer prevalecer o jogo longo em detrimento do futebol mais associado de progressão apoiada. Valeu a presença de Gyökeres na frente ofensiva, capaz de dar seguimento a todas as solicitaçõ­es longas. A dinâmica do sueco, a sua técnica, força e disponibil­idade têm o condão de dar malícia a solicitaçõ­es mais imprecisas, razão pela qual imperou sempre a sensação de perigo para o último reduto contrário. Honra aos defesas vila-condenses, que foram capazes de travar a avalanche atacante contrária, impondo equilíbrio territoria­l que, feito o balanço da hora e meia, explica o resultado. O Sporting entrou adormecido em Vila do Conde e sofreu um prematuro golpe em forma de golo. Recuperou animicamen­te, empatou e só então começou a jogar. A equipa pegou nos cordelinho­s do jogo, tornou-se o sujeito da ação e foi apertando o cerco, impondo o ritmo e a forma de estar que mais lhe convinha. Apesar do sinal mais e de algumas situações de apuro para a baliza de Jhonatan, o Rio Ave mostrou que tinha a situação sob controlo. Não se rendeu à evidência e construiu duas grandes ocasiões para o 2-1 – Embaló (31’) desperdiço­u ocasião de ouro e Fábio Ronaldo atirou ao poste (36’).

Para a segunda parte, o Rio Ave entrou mais sereno, disponível e assertivo no comportame­nto, no que foi anúncio público de que não estava satisfeito com o empate. Enquanto isso, o futebol leonino revelava dificuldad­es de progressão. A equipa não conseguiu desenvolve­r o ataque organizado habitual e acabou por viciar-se no jogo mais direto, logo mais impreciso, sempre em busca da resposta generosa do seu avançado sueco. Foi então que o sempre inseguro

Adán cometeu penálti infantil, que deixou a formação de Luís Freire outra vez à frente do marcador. Os leões ainda tiveram tempo e disponibil­idade para alcançarem o empate, recorrendo a um expediente conhecido: Coates, a funcionar como ponta-de-lança, marcou de cabeça, com mais de um quarto de hora para jogar. Nada a fazer. Para o Sporting, voaram dois pontos num vendaval de golos, mas também de erros. Das três equipas.

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O lance confirmou o acerto do Rio Ave no jogo, ao mesmo tempo que validou a convicção de que o Sporting revelava imprecisõe­s compromete­doras. Adán tem uma saída desproposi­tada aos pés de Aziz, cometendo penálti desnecessá­rio, que deu vantagem ao adversário para a reta final do embate
MINUTO 67 O lance confirmou o acerto do Rio Ave no jogo, ao mesmo tempo que validou a convicção de que o Sporting revelava imprecisõe­s compromete­doras. Adán tem uma saída desproposi­tada aos pés de Aziz, cometendo penálti desnecessá­rio, que deu vantagem ao adversário para a reta final do embate
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