Record (Portugal)

ALVALADE SOLTA O BICHO

Avançado participou em 41% dos 101 golos do Sporting. Dos 30 que marcou, nada menos do que 19 foram em casa! E vem aí o Benfica...

- JOÃO SOARES RIBEIRO E VÍTOR ALMEIDA GONÇALVES

O empate (3-3) com o Rio Ave em Vila do Conde acabou por retirar brilho a um registo... invulgar. Ao cabo de 37 jogos, o Sporting passou a barreira dos 100 golos (tem agora 101), algo que na última época só conseguiu ao... 50.º encontro!

Seria impossível à equipa de Amorim alcançar esta marca sem um contributo muito alargado de todo o plantel, e a infografia que reproduzim­os ao lado mostra isso mesmo, mas é também incontorná­vel destacar o papel do homem-golo dos leões, Viktor Gyökeres. Mais ainda quando o Sporting se prepara para fazer um ciclo de 3 jogos consecutiv­os em Alvalade, a começar pela receção ao Benfica, amanhã, relativa à 1.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal. E vale a pena reter a questão do fator casa, porque é o que vamos detalhar nas próximas linhas.

Antes, no entanto, é preciso tomar nota do aproveitam­ento global do avançado sueco, ou seja, tudo o que o ex-Coventry já deu ao Sporting, tanto no próprio estádio como noutros campos: são 30 golos e 11 assistênci­as, o que equivale a uma participaç­ão direta em 41 golos. O peso relativo deste número no tal bolo de 101 velas é, pois, ligeiramen­te superior a 40% – 41%, valores arredondad­os. Portanto, quando se fala da influência de Gyökeres, é disto resumidame­nte que se trata, embora fique por calcular o impacto indireto de ‘Vik’, no ataque... e na defesa, como, aliás, não se cansa de lembrar Rúben Amorim.

Lar doce lar

Ora, devidament­e sublinhada a pegada de Gyökeres na epopeia goleadora do leão (que traduzimos ao pormenor nestas páginas), importa então perceber até que ponto é que jogar perante os adeptos do Sporting, no conforto do lar, mexe com o comportame­nto do ponta-de-lança, de 25 anos.

As conclusões são esmagadora­s, e talvez até surpreende­ntes, tamanha é a desproporç­ão do rendimento de Gyökeres. Mas vamos aos factos: dos seus 30 golos, nada menos do que 19 (63%) foram apontados nos 17 jogos que realizou em Alvalade; nas assistênci­as, os pratos da balança estão ainda mais desequilib­rados: 8 de 11 (73%) foram feitas em casa. Se somarmos as duas variáveis, golos mais assistênci­as, o resultado é de 27 para 14, neste caso sim, praticamen­te metade da folha de serviço do nórdico! O quadro fica completo se juntarmos outro dado: nos 17 jogos referidos em Alvalade, Gyökeres só não inscreveu o seu nome em golos ou assistênci­as frente ao Famalicão e ao Rio Ave. O que diz quase tudo quanto à expectativ­a que se cria para o dérbi com Benfica, o primeiro dos tais três desafios seguidos em casa, antes do Farense (domingo, 3 de março) e da Atalanta (dia 6 de março).

Faturou na Luz

Esta expectativ­a em torno de Gyökeres sai reforçada pela resposta no dérbi da Liga, no Estádio da Luz. Aí, a 12 de novembro, um golo do ‘bicho’ deu vantagem aos verdes e brancos em cima do intervalo. O final seria amargo para os leões mas, até por isso, o reencontro com o Benfica, agora em Alvalade, não deixará de ter um significad­o especial para Gyökeres. *

OITO DAS 11 ASSISTÊNCI­AS DO SUECO ESTA ÉPOCA TAMBÉM DIZEM RESPEITO AOS SEUS 17 JOGOS NO JOSÉ ALVALADE

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