Record (Portugal)

MIÚDOS CRESCEM A GANHAR

António Silva e João Neves andam invictos nos dérbis. Camisola 87 marca há 3 embates

- ESPECIALIS­TAS NOS JOGOS GRANDES RAFAEL SOARES

António Silva e João Neves serão os dois elementos mais jovens no onze do Benfica para a visita ao Sporting, na 1ª mão das meias-finais da Taça de Portugal, mas conhecem melhor do que qualquer outro a sensação de ganhar ao eterno rival. Ao longo dos últimos anos, os miúdos cresceram a vencer dérbis. Como pode ver nos quadros ao lado, o defesa, de 20 anos, nunca perdeu com o Sporting desde que chegou ao escalão de juniores (ou seja, desde que há registo dos dérbis de António Silva). Em 10 jogos, venceu 7 e empatou 3. O triunfo mais pesado foi, certamente, um dos mais simbólicos para o central. Aconteceu em 2021/22, com os sub-19 das águias a baterem os jovens leões, por 4-0, nos quartos-de-final da Youth League, que viria mesmo a ser conquistad­a pelas águias. Já João Neves não perde frente ao Sporting há mais de 4 anos. Desde a derrota por 4-2 em juvenis, a 10 de novembro de 2019, o centrocamp­ista arrancou para uma série de invencibil­idade, com 6 vitórias e 1 empate, e tem uma aptidão especial para marcar aos verdes e brancos. Nos últimos 3 desafios, fez golos prepondera­ntes.

Em 2021/22, deu o triunfo às águias em juniores, o que lançou os encarnados para o título. Em 2022/23, fez o golo do empate, em Alvalade, e, já nesta temporada, assinou um remate certeiro no tempo de compensaçã­o, que deu início à reviravolt­a caseira, com o Benfica a ganhar por 2-1 e relançar-se na corrida ao título nacional.

Há segredos para este êxito? O nível de competitiv­dade, pelo menos, ajuda a explicar, de acordo com Luís Castro. O técnico orientou António Silva em 5 dos 10 jogos da lista e lembra, a Record, que o internacio­nal português “sobressaía mais nos desafios de maior pressão”, sendo “um jogador que gosta destas partidas.”

O atual técnico do Dunkerque, da segunda liga francesa, também orientou Neves em 2 dérbis - os de sub-23 em 2021/22 - e via no médio “um jogador ultra competivo” em qualquer momento. “Seja jogo ou treino, seja Sporting ou seja quem for, era para ganhar, para dar tudo. Não sentia pressão nem medo”, afirmou Luís Castro, que saiu do Benfica no final de 2022/23.

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LUÍS CASTRO VIA DEFESA A “SOBRESSAIR” NESTES JOGOS E ELOGIA O MÉDIO POR TER SIDO SEMPRE “ULTRACOMPE­TITIVO”

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EM FOCO. Neves inicou a recuperaçã­o do Benfica no último dérbi e foi saudado por Silva

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