“Jesus foi o melhor treinador que tive”
Revelou que era um sonho chegar ao Benfica, o que aconteceu em 2014/15 pela mão de Jorge Jesus, com quem já tinha trabalhado no Belenenses. Como foi essa época de reencontro?
E – Já o conhecia por causa do Belenenses. Ele fez força para eu ir para o Benfica. Foi o melhor treinador que tive. Era excelente! Toda a gente sabe que ele é dos melhores a nível tático. Era muito exigente, mas foi espetacular treinar com ele. Nós gostávamos do treino. Eram sessões físicas e táticas, mas sempre com bola. Foram anos maravilhosos, tanto no Belenenses como no Benfica.
Ⓡ Logo no fim dessa época, ele saiu para o Sporting e entrou Rui Vitória. Houve uma rivalidade intensa. Como a vivia?
E – [risos] Foi um ano giro, fomos taco a taco até à última jornada. Na altura, foi o recorde de pontos no campeonato e ficámos apenas 2 pontos à frente do Sporting. Ganhámos em 20 das últimas 21 jornadas. Foi muito renhido, sempre final atrás de final. Foi uma luta muito linda, mas no fim ganhou o melhor, que foi o Benfica.
Ⓡ Foi um ano com muitos bate-bocas entre os dois treinadores em causa. Colavam frases no balneário, como se costuma dizer, para se motivarem?
E – Isso era entre os treinadores. Servia mais para a componente psicológica. Quando entrávamos dentro de campo, esquecia-se os bate-bocas e as guerras psicológicas. Quando a bola rola, esquecemos tudo e queremos ganhar o jogo. Vamos lá para dentro dar o nosso máximo e estamos sempre concentrados 100% em ganhar.
Ⓡ Um dos momentos da reviravolta desse campeonato foi o falhanço do Bryan Ruiz, no dérbi em Alvalade. O Eliseu estava na grande área. O que sentiu?
E – [risos] Por acaso, o mais difícil era fazer o que ele fez. Se tocasse com a ponta do pé ou de raspão, a bola entrava. Praticamente foi aí a reviravolta do campeonato, passámos para a frente. A partir daí foi sempre a somar de 3 em 3 pontos e ganhámos o campeonato.
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“O MAIS DIFÍCIL ERA FAZER O QUE O BRYAN RUIZ FEZ. SE TOCASSE NA BOLA COM A PONTA DO PÉ OU DE RASPÃO, ERA GOLO”