Minoria de capital
Foi finalmente viabilizada a compra de 25% do capital social do Manchester United pelo dono da Ineos, Jim Ratcliffe, à família Glazer, por 330 milhões de euros, que serão integralmente canlizados para transferências de jogadores, bem como na renovação de Old Trafford e outras infraestruturas do clube. Na minha opinião esta aquisição pode suscitar uma nova discussão quanto aos investidores com percentagens minoritárias de capital social no futebol, o que tenho vindo a defender, sobretudo quando estão em causa investidores regionais ou locais, que por força de acordos entre eles conseguem ter o controlo de uma sociedade desportiva.
É aterrorizadora a velocidade
com que vão desaparecendo as nossas referências no futebol. Desta feita foi Andreas Brehme, um dos responsáveis por gostar de futebol alemão, e Artur Jorge, que foi uma das minhas primeiras referências portuguesas, sobretudo além-fronteiras, num panorama futebolístico que nada tem a ver com o que temos hoje e que apesar do seu palmarés, teve, ainda, o gesto nada usual de, na época 2002/2003, vir salvar a Académica da descida (na qual tinha sido jogador no final dos anos 60) numa época que tinha tudo para correr mal. Apesar de tudo fica o conforto da onda de solidariedade para com os familiares falecidos de João Neves e António Silva, onde os clubismos foram postos de parte, bem patente na declaração de Pote na ‘flash’ de Moreira de Cónegos porque como o próprio disse: “Há coisas mais importantes na vida”. josemiguelnora@icloud.com
ARTUR JORGE TEVE O GESTO NADA USUAL DE, EM 2002/2003, VIR SALVAR A ACADÉMICA DA DESCIDA