Vai continuar o ‘foguetório’?
AS CONTÍNUAS BUSCAS INCONSEQUENTES, ACUSAÇÕES POUCO FUNDADAS E JULGAMENTOS PRECIPITADOS NA PRAÇA PÚBLICA, PROMOVIDO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, MUITO CONTRIBUEM PARA A PÉSSIMA IMAGEM QUE OS PORTUGUESES TÊM DA JUSTIÇA
Na edição desta 3ª feira o nosso diretor na sua ‘Saída de Campo’ confessava a sua estupefacção a propósito de mais um brutal erro inconsequente do Ministério Público.
Desta vez sobre uma inocente criança de 8 anos,
por casualidade filha de Francisco J. Marques, que sabe-se lá porquê e culpa de quem (na medida em que as responsabilidades dos erros grosseiros de procuradores parecem jamais serem assumidos ou, no mínimo, desculpas publicamente apresentadas), foi humilhantemente submetida a um exame físico de “avaliação do dano corporal” em vez da “perícia psicológica” devida.
Nem a propósito, também há poucos dias
fui alertado pela
Fundação Francisco Manuel dos Santos, para um relatório da PORDATA que nos diz que “em Portugal, há pior opinião sobre a independência dos tri- bunais e dos seus juízes do que na Roménia, Eslovénia ou Hungria”.
Quem achar que tal perceção pública da nossa justiça
é coisa de pouca importância, que estes constantes erros e contí- nuo foguetório de buscas inconsequentes, acusações pouco ou nada fundadas e julgamentos precipitados na praça pública através da comunicação social, promovido pelo MP, nada contribuem para esta péssima imagem e para o ácido corrosivo de um dos pilares mais importantes de uma sociedade democrática, está tremendamente equivocado.
A propósito de ‘foguetório’ e espalhafato provocado pelo
MP,
neste caso devidamente coadjuvado pela Autoridade Tributária, ainda no ano passado a propósito da ‘operação penalty’, foram importadas te- ses, teorias e conceitos, que agora caíram pela base no país vizinho.
A notícia passou despercebi- da por cá
na medida em que ninguém foi preso preventivamente ou sujeito a mais buscas, mas a Câmara de Contencioso Administrativa do Tribunal Nacional em Madrid, considerou que os valores pagos pelo Barcelona ao agente de Daniel Alves não podem ser considerados como rendimento do atleta, mas sim do empresário.
Ou seja, se igual decisão judicial acontecer em Portugal
(como muito provável acontecerá), lá teremos mais uma dezena de ratos paridos pela montanha… e o descrédito acima referido sempre a aumentar.
Nota quase final para um cliente e amigo
– Jorge Jesus – que continua igual a si mesmo. A vencer e a ‘vender’ mesmo a 5.000 km de distância, como provam os 32 jogos sem conhecer o gosto da derrota em que 24 deles são vitórias consecutivas e que fez a capa de ontem do nosso Record. O único problema é mesmo o de manter o ‘péssimo’ hábito de dizer a crua verdade, pois alguns por cá não gostem da fiel realidade.
A propósito, recomendo que oiçam o que nos diz José Peseiro,
com o conhecimento de causa de quem viveu e trabalhou mundo fora, sobre a realidade do futebol e da sociedade para além da Europa. Os que não passam de Elvas para Este, apenas falam do que não sabem ou nem sequer imaginam. Como diz o povo, apenas “falam de borla”.
JJ CONFIRMOU O ‘PÉSSIMO’ HÁBITO DE DIZER A CRUA VERDADE. CONTINUA IGUAL A SI MESMO