Record (Portugal)

AMORIM SEM ANTÍDOTO PARA BENFICA OFENSIVO

Treinador verde e branco ainda não venceu Schmidt e já viu o rival sair de um dérbi a rir

- ANDRÉ ZEFERINO

Em Portugal não há muitos treinadore­s que se possam gabar de ainda não terem perdido com Rúben Amorim. Roger Schmidt é um dos logrados a quem o técnico do Sporting ainda não conseguiu vencer. É que em 3 jogos, o alemão levou uma vez a melhor e empatou outras duas. Por esta altura, em Alcochete, o português estará a procurar um antídoto para conseguir abater as águias no dérbi de hoje para a Taça de Portugal. Mas, afinal, onde é que tem persistido a diferença? Com recurso aos dados estatístic­os dos 3 jogos já disputados entre os dois treinadore­s – os 2 da época passada para o campeonato e o desta temporada, também para a Liga –, percebe-se que o Benfica tem tido um ascendente sobre o rival, que só consegue ser melhor nos duelos ganhos e... em faltas cometidas. Contudo, importa frisar que, no jogo da 1ª volta, os encarnados jogaram em superiorid­ade numérica desde o minuto 50, por expulsão de Gonçalo Inácio. Um ponto que salta logo à vista é a capacidade ofensiva do conjunto encarnado. Pelo menos a aptidão de se instalar no meio-campo adversário e que, naturalmen­te, permite uma maior criação de oportunida­des, ainda que não se tenha traduzido em tantos golos como certamente desejariam. Começando pelos golos, só no último dérbi houve diferença, já que foi nesse que o Benfica conquistou a primeira vitória. Porém,

nos remates as águias superioriz­aram-se ao vizinho e têm mais 15 disparos efetuados e mais 5 que acertaram no alvo. De resto, como já foi referido, a turma da Luz tem jogado mais tempo para lá da linha do meio-campo e já colecionou mais 26 ações na área do oponente, o que também ajuda a compreende­r o porquê de terem mais remates que o Sporting.

Normalment­e, quando uma equipa passa mais tempo com a bola no pé, é normal que falhe mais passes. Mas tal não se verifica nos dérbis. É que o Benfica, apesar de ter mais posse de bola, apresenta uma eficácia maior que os leões no momento de entregar o esférico – 83,31% contra 80,34%. Esta tendência alastra-se também à execução de cruzamento­s – 18 contra 10 – e nos dribles completos – 32 contra 30. Um outro ponto curioso de análise é a zona do campo em que os pupilos de Schmidt recuperam a bola, uma vez que, em três jogos frente ao Sporting, conquistar­am 27 vezes a posse de bola no último terço.

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NOS DUELOS ENTRE ESTES TÉCNICOS, ENCARNADOS SUPERAM O VIZINHO EM QUASE TODOS OS DADOS ESTATÍSTIC­OS

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